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1º festival de acessibilidade artística e criativa dedicado à pessoa com deficiência do Recife apresenta teatro, dança, espetáculo e show

De 17 (quinta-feira) a 20 (domingo) de março, a cidade do Recife será palco do 1º Festival ConectAção LAB: Residência, Experimentações e Acessibilidade Criativa nas artes. O evento, que tem como protagonistas pessoas com deficiência, traz apresentações de teatro, dança, instalação e performances acessíveis em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição. Destaque ainda, para o show ‘Virada na Jiraya’, de Flaira Ferro; o espetáculo infantil Tandan; o Subnormal, diretamente de São Paulo e as ações com o grupo de surdos ‘Slam das Mãos’. A programação artística será realizada no Teatro do Parque; no Bairro da Boa Vista, no centro do Recife. Já as oficinas culturais acontecerão no Paço do Frevo, rua da Guia, Bairro do Recife. O festival foi um dos contemplados pelo edital Joel Dartz, idealizado pela Prefeitura do Recife.

A abertura do festival trará o monólogo “Subnormal”, que abordará a trajetória do ator Cleber Tolini, da cidade de São Paulo (SP), de 24 anos. Ele que teve seu nervo ótico afetado após uma neurocirurgia, ficando com 20% de visão ou visão subnormal, também conhecida por baixa visão. O espetáculo evidencia  uma mistura de comédia e realidade sobre a vida do artista, além de chamar atenção do público sobre a experiência da deficiência visual dentro das artes. Toda a história da dramaturgia será contada com recursos da audiodescrição de forma integrada, narrada pelo próprio artista, uma maneira de garantir uma dimensão criativa e estética da própria obra, e proporcionar acessibilidade às pessoas com deficiência visual. O roteiro da audiodescrição criativa é da profissional Paula Lopez (SP).

Já o clima festivo e cultural ficará por conta da cantora pernambucana, Flaira Ferro. Ela promete colocar todo mundo para cantar e dançar à vontade, com suas músicas, que trazem letras aguerridas, reflexivas e afiadas. Um som especial que colocará o festival em uma mistura de rock, frevo, samples e beats eletrônicos em atmosfera dançante e combativa. Inovação e representatividade são algumas das marcadas do 1º Festival ConectAção LAB – nas ações cênicas e acessibilidade no show. Destaque para diversidade e representatividade em cena das artistas/tradutoras surdas Letícia Lima e Larissa Gervásio, que estarão no palco traduzindo de forma performática, toda a programação musical, do português para Libras em parceria com Efraim Canuto. Os artistas contaram com a preparação do bailarino Jefferson Figueirêdo.  O show da artista Flaira Ferro será realizado na noite da sexta-feira, dia 18/03, a partir das 19h. Os ingressos para o público em geral  custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) e podem ser comprados pelo sympla https://www.sympla.com.br/show-virada-na-jiraya-com-flaira-ferro–voz-e-guitarra__1504381

A partir da experiência sensorial o espetáculo “Tandan” faz uma abordagem inovadora para o público infantil. De olhos vedados, crianças de 5 a 9 anos, serão convidadas a embarcar em uma dança através dos sentidos. Uma instalação sonora e tátil, convida os pequenos, para embarcar em uma trilha sonora executada na tridimensionalidade espacial, com o uso de caixas de som sem fio que se movem durante toda a apresentação. A vivência, realizada de forma individual, deve durar cerca de seis minutos. O espetáculo é reservado à participação de até 15 pessoas,  previamente agendado pela produção do festival: crianças surdas e com deficiência visual.

Um dos destaques da programação do 1º Festival ConectAçãoLAB será a participação do  “Slam das Mãos”, com duas atividades, no dia 19 de março. A primeira delas será a apresentação da residência artística, com o experimento SUAR que contou na fase de preparação com os artistas Efraim Canuto, Andreza Nóbrega e Dado Sodi. Em cena estarão, cinco artistas surdos e intérpretes expressando narrativas diversas em Libras. Já no dia 20, o Slam das Mãos promoverá uma batalha de poesias em Libras. Direcionada ao público de pessoas sinalizadas em Libras (surdos e ouvintes).A ideia é que esse público solte a criatividade e criem suas próprias poesias de forma improvisada sobre diversos temas do cotidiano. Quem for classificado pela comissão julgadora e vencer a disputa, receberá uma premiação especial ao final do festival.

“O Festival ConectAção LAB é um evento dedicado à arte e acessibilidade como espaço para encontros, vivências e experimentações. Precisamos tirar a acessibilidade do lugar comum, dando para ela novas possibilidades estéticas. Queremos garantir e estimular os artistas com deficiência a ocuparem seu lugar. E assim, celebrarmos a diversidade cultural pernambucana e brasileira, destaca a produtora cultural e coordenadora do festival, Andreza Nóbrega.

Durante quatro dias de programação, o público também poderá participar de várias atividades formativas, como a oficina “Teatro Experiri: Corpos em jogo e performance”, com Andreza Nóbrega. É pré-requisito ser maior de 18 anos e desejar se experimentar de forma prática com a linguagem teatral. Há, ainda, a oficina “tradução artística Libras/Português”, ministrada por Rogério Santos. Nesse caso, é exclusivo para pessoas fluentes em Libras. Por fim, a oficina “Criação de Arte Surda”, apresentada pelo artista e professor surdo, Cristiano Monteiro. Ele é um dos maiores incentivadores para a ampliação e o desenvolvimento da arte surda no Brasil. Cada oficina terá disponibilidade de 20 vagas. Todos os participantes receberão certificado. Para participar das oficinas é preciso realizar inscrição previamente, por meio do site  https://vouseracessibilidade.com.br/festivalconectacaolab/, até o dia (14), segunda-feira, ou as vagas esgotarem. Os valores variam de RS20, RS40 e R$100.

HOMENAGEADOS –  Nesta 1ª edição do 1º Festival ConectAção LAB, presta uma homenagem especial ao artista Igor Rocha. Ele é graduado em Letras/ Libras, palhaço, surdo, professor e especialista em educação para surdos. Além disso, tem atuação em experimentações artísticas com a literatura surda e na linha de palhaçaria, com o projeto palhaço Surddy. Outra homenageada é Kilma Coutinho. Artista pernambucana com forte atuação no campo das artes visuais. Juntos, eles serão condecorados com uma honraria, que será entregue durante a cerimônia de abertura, no próximo dia 17 de março, às 18h, no Teatro do Parque.

ACESSIBILIDADE –  Para apresentações ao vivo os recursos de audiodescrição (AD) e Libras, serão realizadas por um equipe de profissionais especializados envolvendo pessoas surdas e com deficiência visual. Para solicitar a reserva do equipamento da audiodescrição é necessário agendamento prévio pelo e-mail festivalconectacao@gmail.com Vagas limitadas!

MEDIDAS SANITÁRIAS – Atendendo às exigências contra o contágio do novo vírus da Covid, será mantido apenas 70% da capacidade do público do Teatro Barreto Júnior e no Parque Dona Lindu. Além disso, será exigido passaporte vacinal e máscara. A organização fará distribuição de álcool 70%.

INGRESSOS – A programação artística será gratuita para todas as pessoas, exceto no Show de Flaira Ferro. Venda antecipada para o público em geral pelo Sympla com cerca de 30% da capacidade do Teatro do Parque. No dia do show haverá distribuição de ingresso gratuitos para pessoas com deficiência por ordem de chegada.

BILHETERIA: 

Para programação que acontecerá no Teatro do Parque, no Bairro da Boa Vista, Recife/PE, os ingresso serão distribuídos conforme o horário de abertura da bilheteria que acontecerá da seguinte forma: (17) quinta-feira, (18) sexta-feira, e (19), sábado, será das 17h às 18h. Já no dia (20), domingo, último dia de atividades, será das 14h-15h. Haverá filas para público prioritário e geral. 

Já nos casos das oficinas culturais, que serão realizadas no Paço do Frevo, os valores serão os seguintes: R$20 –  social; R$ 40,00 – ideal; R$ 100,00 abundante. Os pagamentos podem ser realizados via Pix ou transferência bancária. É obrigatório, após a compra do ingresso no site do festival,  enviar comprovante para o e-mail: festivalconectacao@gmail.com  Nos casos em que os interessados não tenham dinheiro, o festival vai disponibilizar  uma lista amiga. A ideia é distribuir, gratuitamente, vagas para pessoas com deficiência, LGBTQIA+,  trans, negras, indígenas ou pessoas de baixa renda. As vagas  são limitadas. 

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