Professores da rede municipal de ensino de Aliança, na Mata Norte de Pernambuco, protestam na manhã desta terça-feira (19) contra medidas tomadas pelo prefeito Xisto Lourenço de Freitas (PSD). Segundo os educadores, eles não tiveram reajuste de piso salarial este ano e foram acusados de enriquecimento ilícito por causa de aulas complementares que ministram há anos. O protesto desta terça aconteceu em frente ao prédio da Secretaria Municipal de Educação, onde esperavam ser recebidos. Diante da ausência do secretário Anderson Eduardo, os educadores seguiram para o prédio da prefeitura.
De acordo com a diretora-executiva do Sindicato dos Professores Municipais do Estado de Pernambuco (Sinduprom-PE), Delazy Albuquerque, os professores ativos não receberam até hoje os dois últimos meses de 2016, ainda na gestão do ex-prefeito Cláudio Bezerra, o Kaká (PSB), e os aposentados não receberam os três últimos meses. “O novo prefeito não pagou e não negociou conosco. Não recebemos reajustes esse ano e 140 professores tiveram seus salários reduzidos em 400, 600 reais”, disse Delazy.
Em relação à acusação de enriquecimento ilícito, a diretora-executiva do Sinduprom-PE diz que o prefeito tirou o complemento de carga horária dos professores. “Os professores têm direito a uma complementação de carga horária e nos tiraram. Quem fazia 200 horas teve que passar a fazer 150”, detalhou.
O protesto foi aprovado por unanimidade na última segunda-feira (18) em assembleia realizada pelos professores. Eles já haviam pressionado os vereadores para não aprovarem a redução do salário no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que deverá ser votado novamente em fevereiro. Atualmente, a cidade de Aliança conta atualmente com quase 400 professores ativos e 80 aposentados no quadro, de acordo com o sindicato.
*FolhaPE