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Agricultura familiar movimenta o agronegócio na região da Mata Norte

Na zona da Mata Norte e Agreste Setentrional de Pernambuco, a produção de banana, raízes e tubérculos, milho e feijão, avicultura de capoeira, bovinocultura de leite, caprinovinocultura movimenta a agricultura familiar e o agronegócio.
Na agricultura familiar, a gestão da propriedade é compartilhada pela família e a atividade produtiva agropecuária é a principal fonte geradora de renda. “A produção feita pelos agricultores familiares é escoada de diversas formas: comercializada nas feiras e no mercado local, nos centros de abastecimentos, nos órgãos da administração pública (Prefeitura, Governo do Estado)”, explica o engenheiro agrônomo Marcelo Motta.
O agricultor familiar se relaciona de maneira particular com a terra, seu local de trabalho, e geralmente de moradia. Também pode fazer o contato direto com compradores. Por isso, Marcelo aconselha que “é mais importante o produtor fechar a cadeia produtiva; isto é, trabalhar desde o plantio até a comercialização, pois não adianta plantar sem saber onde vai vender, sem se planejar. O acesso a tecnologia e informação são ferramentas importantes para orientá-los a buscar caminhos mais curtos e economicamente mais rentáveis para o sustento de suas famílias”, explica.
A diversidade produtiva também é uma característica marcante desse setor. A Lei 11.326 de julho de 2006 define as diretrizes para formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e os critérios para identificação desse público. Segundo dados do Censo Agropecuário daquele mesmo ano, 84,4% do total dos estabelecimentos agropecuários brasileiros pertencem a grupos familiares. São aproximadamente 4,4 milhões de estabelecimentos, sendo que a metade deles está na Região Nordeste.
De acordo com o estudo, ela constitui a base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes; responde por 35% do produto interno bruto nacional; e absorve 40% da população economicamente ativa do país.
Na Mata Norte e Agreste do estado, identifica-se o agricultor familiar como aquele que tem uma relação diferente com a terra, uma relação mais próxima devido à tradição familiar. Portanto, para que haja maior produtividade, é necessário apoio técnico para que possa ter lucros positivos. “Através da assistência técnica, mesmo que ainda deficitária, o agricultor começou a se profissionalizar. Isso aliado ao avanço do chamado mercado institucional que através dos Programas PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) permitiram a inserção dos produtos dos agricultores, gerando mais alternativas no tocante à comercialização dos produtos por ele produzidos, aliados também pelo acesso ao Crédito Rural, através de programas como o Pronaf (Programa Nacional de fortalecimento da Agricultura Familiar) que oferece crédito aos produtores a juros abaixo do mercado. Políticas Públicas como essas que foram citadas são de grande relevância para incentivar a produção de alimentos pelos nossos agricultores”, concluiu.
Pronaf- Principal apoiador da agricultura familiar, o Pronaf tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável do setor. Por meio dele, agricultores podem acessar várias linhas de crédito de acordo como sua necessidade e o seu projeto. Podem ser projetos destinados para o custeio da safra, a atividade agroindustrial, seja para investimento em máquinas, equipamentos ou infraestrutura. Para acessar o Pronaf, a renda bruta anual dos agricultores familiares deve ser de até R$ 360 mil.

*Foto: Reprodução/ Ilustração

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