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Aos 80 anos, morre o ex-vice-presidente da República Marco Maciel

O ex-vice presidente do Brasil Marco Maciel, morreu aos 80 anos, na madrugada desta sábado (12), em um hospital em Basília. A morte foi em decorrência do mal de Alzheimer, doença que o acometia desde 2014. O pernambucano deixa esposa e três filhos.

O velório será neste sábado, das 15h às 17h, no cemitério Campo da Esperança, na capital federal. Ele também recebeu diagnóstico positivo para a covid-19 em março deste ano.

Marco foi vice de Fernando Henrique Cardoso por dois mandatos e assumiu diversos cargos públicos em sua trajetória política, deputado estadual (1967-1971) e federal (1971-1979) por Pernambuco, presidente da Câmara dos deputados (1977-1979), governador de Pernambuco (1979-1982), ministro da educação (1985-1986) e da casa civil (1986-1987), senador (2003-2011) e finalmente vice presidente da república (1995-2003).

Em 2017, uma biografia do ex-vice-presidente da República revelou como o político conseguiu se movimentar em todos os campos ideológicos, rica em histórias dos bastidores do processo decisório da política brasileira.No livro, Castelo Branco conta toda a trajetória do deputado, e de como o político teve a carreira transformada de presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) até chegar ao cargo de vice-presidente do país. 

Anos de luta

Em 2019, a esposa Ana Maria Maciel, concedeu entrevista ao Correio sobre o estado de saúde do ex-vice presidente.“As pessoas têm muito preconceito com o Alzheimer. Acham que a pessoa começa a falar um monte de bobagem e fica desligado do mundo. Com meu marido não foi assim. Ele continuou sendo o mesmo homem educado com todos. Continua sempre cheiroso e limpo como sempre gostou de estar. É o rei da nossa casa”, disse.Para ela, a paciência e o amor — construído ao longo de mais de 50 anos de casados —foram a receita para enfrentar a enfermidade.

Os primeiros sinais da doença mais se assemelhavam aos da depressão. Maciel começou um tratamento e meses depois veio o diagnóstico do Alzheimer. “Até 2014, a doença evoluiu negativamente, porque, como era político, as pessoas perguntavam sobre fatos históricos e ele não conseguia lembrar. Ele percebia o esquecimento e ficava constrangido. No fim de 2014, ele não quis mais sair, só para consultas e coisas corriqueiras. Agora, está em fase avançada”, afirma. Sem andar e falar, o ex-vice-presidente contou com o auxílio da mulher e de uma equipe de profissionais para as atividades do dia a dia. 

DP

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