Dos seis anos que tem de idade, cinco deles Emilly passou no Hospital da Restauração (HR), que fica no Derby, área central do Recife. Na tarde desta segunda-feira (28), finalmente a menina se despediu de toda a equipe do centro médico com direito a festa. Na terça (29), ela finalmente segue para casa, em Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco.
Emilly tem distrofia muscular congênita, uma doença genética que provoca atrofia e fraqueza muscular, fazendo com que a garota perdesse o movimento das pernas e sua respiração ficasse prejudicada. Sua volta para casa só foi possibilitada depois de um “milagre de Natal”.
Em dezembro, a menina escreveu uma cartinha para o papai Noel. O pedido ia muito além de bonecas e roupas: ela precisava de um respirador, equipamento que possibilitaria que dormisse fora do hospital. O respirador mecânico custava R$ 25 mil. O casal Tiago de Medeiros e Luiza Laranjeira abraçou a ideia e se mobilizou com os parentes e amigos para arrecadar o valor necessário para realizar o pedido da cartinha.
Após cinco dias, o casal conseguiu juntar quase R$ 30 mil, o suficiente para comprar o aparelho e garantir o dinheiro para a volta para a casa da família no Agreste pernambucano. A mãe da menina, Márcia Florêncio, vê a saída da garota do hospital como um recomeço.”Para mim, é uma nova vida. O que mais me deixa feliz é saber que ela vai voltar para casa”, afirmou, emocionada.
Joanice Costa, a fisioterapeuta do Hospital da Restauração que acompanhou a trajetória da menina, ressaltou o trabalho da equipe médica como fator determinante para sua melhora. “Esse feito de Emilly ir para casa, depois de cinco anos de hospitalização, de ventilação mecânica, com uma doença complexa e com tantas intercorrência, é um trabalho que só poderia ter sido feito com a ajuda de todo mundo”, disse.
*G1/PE