A cultura pernambucana está de parabéns. O Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP) completa 71 anos de atividades e muitas encenações no currículo. A data foi lembrada, nesta terça (30), com uma Reunião Solene na Assembleia Legislativa. A iniciativa foi proposta pelo deputado Ricardo Costa, do PTC.
A história do TAP está vinculada à Sociedade de Medicina de Pernambuco. No centenário da entidade, o então presidente, Otávio de Freitas, solicitou ao médico Waldemar de Oliveira a criação de algo diferente para celebrar a data. Waldemar propôs a montagem de uma peça teatral, tendo como atores os médicos e esposas. A peça escolhida foi Dr. Knock, O Triunfo da Medicina, de Jules Romains. A ideia de Waldemar de Oliveira resultou na formação do que viria a ser o Teatro de Amadores de Pernambuco.
A entidade contabiliza mais de 120 peças apresentadas. Entre as de maior sucesso estão Um Sábado em 30, de Luiz Marinho, A Casa de Bernarda e Alba, de Garcia Lorca, e Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. Pelo elenco do TAP já passaram mais de mil intérpretes, como o próprio Waldemar, Diná de Oliveira e Geninha da Rosa Borges.
O deputado Adalto Santos, do PSB, abriu a reunião destacando que o TAP espalhou pelo Brasil afora a cultura pernambucana, e a Assembleia não poderia ficar à margem de tão importante acontecimento.
Ricardo Costa salientou que, após tantos anos de vida, o TAP continua íntegro, mesmo diante da pouca importância dada aos que fazem a cultura no País. O parlamentar parabenizou o médico, professor, compositor, escritor, dramaturgo e ator Reinaldo de Oliveira, filho de Waldemar, que coordena a entidade desde a morte do fundador.
Reinaldo recebeu uma placa comemorativa da Assembleia. O ator agradeceu a homenagem e salientou que a inciativa da Casa é um reconhecimento a um grupo que sobrevive graças ao idealismo de seus membros.
