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Canavieiros definem pauta de reivindicações da Campanha Salarial

Há 40 anos Pernambuco mudou a história da classe trabalhadora quando a mobilização de 250 mil canavieiras/os da Zona da Mata realizou a maior greve do campo brasileiro e conquistou a primeira Convenção Coletiva de Trabalho. As conquistas estavam garantidas até 2018 quando a categoria precisou paralisar as atividades em contraponto aos desafios da reforma trabalhista, que ainda não estava em vigor. Um ano depois, 280 lideranças sindicais rurais voltam a se reunir para preparar a campanha salarial 2019, no 26º Congresso dos Delegados e Delegadas Sindicais da Zona da Mata de Pernambuco, no próximo final de semana (24 e 25), no Centro Social Euclides Nascimento, em Carpina.

A atividade é voltada para a discussão e a elaboração da pauta de reivindicações da categoria que será negociada com a classe patronal. Além das demandas sociais e de manutenção de direitos, as questões econômicas, como salário, piso, cesta básica e alimentação no local de trabalho, também serão debatidas no encontro.

Uma das reivindicações que já vem sendo discutidas pelos sindicatos rurais diz respeito ao pagamento da remuneração por tempo de percurso, negada no ano passado. Uma outra demanda é quanto ao cumprimento da cláusula de contratação de 20% de mulheres.

Para o Presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados de Pernambuco (FETAEPE), Gilvan Antunis, é um momento que prova a resistência dos canavieiros. “É um encontro que marca além do poder de organização, a resistência de mais de 40 Sindicatos de Assalariados Rurais que continuam na luta pela garantia de direitos, tão duramente perdida desde o golpe de 2016”.

O momento seguinte ao Congresso é a aprovação da pauta de negociação durante as assembleias sindicais, notificação do patronato e a negociação coletiva.

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