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CARPINA//Suspeita de tráfico usava a filha para despistar investigação, diz polícia

A Polícia Civil de Pernambuco revelou, nesta segunda-feira (1º), que uma das suspeitas de integrar um esquema de tráfico de drogas, que resultou na apreensão de 275 quilos de maconha na Zona da Mata, usava a própria filha, uma criança de colo, para despistar a atuação dos agentes de segurança. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa na sede do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), no bairro da Boa Vista, Centro do Recife.

Além dela, outras quatro pessoas, sendo três homens e uma mulher, foram presas na sexta (29), na cidade de Carpina, Mata Norte. Todos eles foram autuados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Segundo a polícia, a mãe da menina era responsável por articular a venda das drogas que o grupo adquiria para distribuir na Região Metropolitana do Recife (RMR).

“Ela usa (a filha) para, realmente, na hora de fazer a transação, realizar o transporte da droga, evitar a abordagem policial. Por causa disso, toda a quadrilha foi autuada também pela corrupção de menores”, afirmou o delegado Ícaro Schneider.

O investigador desconfia do envolvimento de outro menor de idade, o filho adolescente da segunda suspeita mulher suspeita de participar do crime. “Ele não foi autuado porque estava dormindo na hora (em que os policiais chegaram), e a gente tinha informação de que ele tinha participação indireta no tráfico, mas não foi suficiente”, explicou.

Ainda de acordo com o Denarc, a droga apreendida na semana passada vinha do Paraguai e tinha como destino o Grande Recife. Antes de chegar a Pernambuco, a encomenda teria passado por Alagoas. Todo o transporte foi feito por terra. “A gente sabe que a droga era do Paraguai por causa da forma de embalar”, disse o delegado. Além da droga, os policiais apreenderam duas armas: uma pistola calibre 380 e uma espingarda calibre 22.

Dos 275 quilos, 245 estavam armazenados em um depósito em um sítio no distrito de Massauassu, no município de Escada, na Mata Sul. Os outros 30 quilos de maconha foram encontrados na casa da mãe da menina, em Carpina. A mulher de 29 anos é apontada como a responsável por articular o processo de transporte e comercialização do entorpecente.

A polícia informou também que todo o esquema era comandado por um presidiário da Penitenciária Doutor Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro, no Agreste. A investigação teve início há três meses e, em junho, os agentes receberam informações sobre o local onde a droga era guardada. A corporação ainda não sabe quem forneceu a droga para o grupo e para quem a substância seria entregue. Os três homens foram levados para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, e as mulheres, para a Colônia Penal Feminina, no Recife.

Apreensão
Segundo a Polícia Civil, essa foi a maior apreensão de maconha realizada este ano no estado. Além disso, houve aumento na quantidade apreendida desde o ano passado. De janeiro a julho, o Denarc apreendeu 410,4 quilos da droga. Em 2015, foram apreendidos 390,1 quilogramas no mesmo período.

 

G1/PE

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