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CASO ITAMBÉ// Polícia pede mais prazo para concluir inquérito sobre morte de jovem

A Polícia Civil de Pernambuco pediu prorrogação do prazo para concluir o inquérito sobre o homicídio de Edvaldo Alves, 21 anos, atingido por uma bala de borracha por um policial militar, no dia 17 de março, em Itambé, na Mata Norte de Pernambuco. O caso ocorreu durante um protesto contra a violência na cidade, distante 92 quilômetros do Recife. O rapaz faleceu na terça-feira (11), no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, onde ficou internado.

De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, a extensão do prazo é necessária para aguardar o resultado da perícia tanatoscópica, determinante na causa da morte. Esse laudo precisa ser anexado ao inquérito criminal para que o mesmo seja concluído.

Por meio de nota, a Polícia Civil informa que, apesar de o prazo legal permitir mais 30 dias para a conclusão, o inquérito seguirá para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ainda este mês. A corporação diz, ainda, que todas as testemunhas já foram ouvidas. Algumas deleas, acabaram sendo convocadas para prestar depoimento novamente, incluindo os dois PMs envolvidos na ação.

Por fim, a Polícia Civil afirma que se solidariza com a família da vítima e com a população. E reafirma o “compromisso de esclarecer o caso, com seriedade e isenção, como é dever da polícia”.

 Morte – Edvaldo Alves passou por vários procedimentos médicos no Hospital da Restauração. De acordo com a unidade, ele ferimentos na coxa e passou a respirar com a ajuda de aparelhos. Também teve que se submeter a sessões de hemodiálise.

Durante o velório de Edvaldo Alves, o advogado da família, Ronaldo Jordão, rebateu a fala do governador do estado, Paulo Câmara (PSB), quanto ao apoio dado aos parentes da vítima. O jovem foi velado no ginásio de esportes de Itambé e e enterrado no fim da tarde de quarta-feira (12) no cemitério da cidade.

O Governo de Pernambuco informou que está respeitando o luto da família e reinterou que vai pedir à Procuradoria Geral do Estado (PGE) que repare a perda da família do rapaz que morreu, como o governador Paulo Câmara havia dito.

Entenda o caso- O rapaz levou o tiro durante um ato público contra a violência na cidade. Além do jovem, outros moradores fecharam a rodovia PE-75 por várias horas, pedindo mais segurança. As imagens mostram uma discussão entre a vítima e uma mulher, com policiais em volta. Em seguida, é possível ver um policial perguntando: “É esse quem vai levar um tiro primeiro?”. O PM chama um colega armado e aponta o rapaz. Um tiro é disparado. Atingido, o homem cambaleia e cai no chão.

Após atirar, os policiais o arrastam pelo asfalto até a viatura da Polícia Militar, batem no rosto dele e o colocam na parte de trás da caminhonete. O veículo então deixa o local, sob gritos dos manifestantes. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), a bala era de borracha.

G1/PE

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