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Centro de Acolhimento para pacientes leves da covid-19 é aberto no Recife

O Recife ganha, a partir desta segunda-feira (dia 20), o Centro Acolhimento e Isolamento Social (CAIS), iniciativa do Todos pela Saúde, da Fundação Itaú. O CAIS é o equipamento de acolhimento para até 60 pessoas sob vulnerabilidade social com diagnóstico de covid-19, na forma leve. Esse ambiente prevê distanciamento social, instalações higiênicas para repouso, com acompanhamento profissional e cinco refeições diárias. O CAIS vai funcionar na estrutura do Centro Social Urbano Afrânio Godoy, na Imbiribeira, totalmente reformado.

Articulado pelo Governo de Pernambuco, por meio das secretarias de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas e de Educação, o centro tem parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, responsável pela cessão do espaço e articulação comunitária, além da Prefeitura do Recife, através da Secretaria Municipal de Saúde. O investimento do Todos pela Saúde é de R$ 3,5 milhões.

O CAIS aceitará apenas pacientes encaminhados pelas unidades de atenção primária da Secretaria Municipal de Saúde. As unidades também receberão uma doação de cerca de cinco mil testes do Todos pela Saúde.

Os pacientes terão apoio de uma equipe formada por 35 profissionais, entre assistentes sociais e psicólogos, enfermeiros e cuidadores, além de acompanhamento médico remoto. A equipe inclui cozinheira e auxiliares contratadas na própria comunidade.

A vice-presidente do Itaú Unibanco Claudia Politanski conta que o objetivo do CAIS é oferecer um local para o isolamento social seguro, contribuindo com a diminuição da transmissão do vírus nas comunidades sem provocar impacto no Sistema Único de Saúde. “Contribuímos para a reforma de banheiros, refeitórios, cozinhas e áreas de convivência para que esses espaços, em um futuro próximo, possam ser bem aproveitados pela sociedade”. Claudia Politanski disse espera interação entre os governos que receberam os centros de acolhimento. “Os centros de acolhimento, em diferentes estados brasileiros, poderão inspirar o poder público a realizar iniciativas semelhantes em comunidades de todo o país”, declarou a vice-presidente do Itaú Unibanco Claudia Politanski.

O secretário de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, Cloves Benevides, considera o projeto uma importante ação entre o Todos pela Saúde, o Governo de Pernambuco e o município, para oferecer acolhimento e cuidados. “O CAIS mostra a responsabilidade da iniciativa privada, fruto das articulações para o bem das pessoas, a exemplo das ações que o Governo de Pernambuco e a Prefeitura do Recife têm empreendido nestes quatro meses”, afirmou o secretário Cloves Benevides.

O secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes, explica que a pessoa com covid-19 na forma leve terá a opção de fazer o isolamento social no espaço. “O equipamento será um local para que as pessoas contaminadas pelo vírus que não têm lugar para se abrigar, como moradores de rua, pessoas que moram sozinhas ou até que moram com parentes no grupo de risco, possam ficar de quarentena recebendo os cuidados necessários”, explica o secretário Sileno Guedes.

O CAIS será executado pela organização social Centro de Prevenção às Dependências (CPD), com o apoio técnico das secretarias de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas; de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude; e a Secretaria de Saúde do Recife.

Além do acolhimento, no CAIS serão ofertadas atividades de alongamento e outras práticas corporais, atividades audiovisuais, integrando educação, ludicidade e apoio psicossocial dos residentes, como forma de amenizar a estada e proporcionar momentos humanizados e de alegria. Serão seguidas todas as normas e protocolos para prevenção e controle de infecções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, além das recomendações da Vigilância Sanitária Municipal e do Programa Todos pela Saúde.

REFORÇO – O CAIS é o equipamento mais visível das três Ações Integradas nas Comunidades previstas no projeto. Ele prevê: Mobilização e conscientização social, com trabalho de informação e educação para os novos hábitos em 500 comunidades; Implantação de pontos de higienização, com a instalação de pias com água, sabão, toalha e álcool e distribuição de máscaras de pano; além do CAIS.

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