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Conservatório Pernambucano de Música promove IX Festival de Música Instrumental

O auditório Cussy de Almeida, do Conservatório Pernambucano de Música (CPM), ficou lotado para prestigiar o IX Festival de Música Instrumental. Durante a tarde do sábado (15) e do domingo (16), o palco do local contou com a participação de artistas com destaque no cenário nacional, além de grandes musicistas pernambucanos. O principal objetivo do evento é ampliar a divulgação da música popular instrumental, brasileira e universal, além de apresentar ao grande público músicos promissores e promover a troca de experiências com artistas consagrados.
No sábado, o Festival contou com a abertura do músico pernambucano Henrique Albino, que já foi aluno do Conservatório Pernambucano. Ele tocou ao lado de Gilú Amaral, na percussão, e Alex Santana, na Tuba. “Estudei aqui e acho que a coisa mais legal nesse processo de voltar é poder mostrar todo o meu aprendizado. A música instrumental já foi a mais ouvida e tocada, hoje em dia ela sofre um pouco de preconceito. Um evento como esse serve para que as pessoas possam vir e ter sua própria experiência com esse estilo, porque ela toca cada um de um jeito diferente”, explicou Henrique.
Sob forte aplauso do público, André Mehmari, segunda atração do dia no festival, subiu ao palco ao lado de Sérgio Reze, na bateria, e Neymar Dias, na viola caipira. O pianista, natural de São Paulo, fez questão de reforçar a importância de Pernambuco no processo de valorização da música instrumental. “Já havia tido outras oportunidades de tocar no Conservatório e é sempre um prazer. Esse estilo tem tido pouco espaço no Brasil, então um lugar como esse é valioso. Aqui temos a oportunidade de nos expressar com liberdade, sem regras, e Pernambuco é um Estado referência na preservação da cultura. O Conservatório, naturalmente, é uma instituição muito importante na preservação da música”, elogiou André.
Do lado de cá, como espectadora, Maria Flor acompanhava atenta todo o espetáculo. Aluna do CPM, a musicista comemorou o fato de poder acompanhar artistas tão conhecidos no cenário nacional dentro da sua própria escola de música. “Por ser dentro de uma instituição tão conservadora, foi muito legal o que foi escolhido para ser tocado, pois é uma música bem experimental. O Conservatório avançou muito nesse sentido, com tipos diferentes de instrumentos. Fico feliz de ver um trabalho como esse, que serve de aprendizado e aguça a nossa curiosidade”, complementou.
No domingo houve mais mescla de estilos e regiões. Hercules Gomes chegou de São Paulo para se apresentar no palco no auditório, enquanto o Pernambucano Treminhão fez parte do festival com participação especial de Beto Hortis.

Foto: Reprodução

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