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Coronavírus gera debate sobre adiamento das eleições

Depois das estimativas do Ministério da Saúde sobre a curva de transmissão do coronavírus que só deverá apresentar tendência de queda em agosto, alguns congressistas começaram a debater a possibilidade de adiar o calendário eleitoral em 2020.
No caso de crise mais longa do que o projetado pelo Ministério da Saúde, a Justiça Eleitoral poderia adiar o pleito para dezembro, evitando assim que fossem prorrogados os mandatos dos atuais prefeitos, deputados estaduais e vereadores.
O primeiro a defender o adiamento das eleições foi o deputado federal Ricardo Teobaldo (PODE-PE). “Existe a grande possibilidade de chegarmos em agosto e setembro com algumas restrições impostas pelo vírus. Como vamos chamar a sociedade para debater sobre eleições? Não tem o menor cabimento. É necessário ter responsabilidade e priorizar o que é importante para o País. E hoje, nesse cenário, as eleições agora passaram a ter importância secundária”, justificou Teobaldo.
Parte dos deputados de senadores considera o adiamento do processo eleitoral inevitável. Outros argumentam que diante da imprevisibilidade atual somente em meados de junho, “talvez em julho”, será possível vislumbrar um cenário mais realista.
“Não é hora de sequer de falar nesse tema. É até um debate oportunista. Agora é hora de enfrentar a pandemia. Vamos ver como tudo caminha . Se for necessário, então podemos começar a pensar, mas não agora”, diz o líder do PT na Câmara, Énio Verri (PR).
Alguns políticos aproveitam a idéia de adiar as eleições municipais por causa do coronavírus para tentar ressuscitar o debate em torno da unificação das eleições majoritárias e municipais em 2022. Sob o argumento de que é preciso usar os recursos do fundo eleitoral para o combate à pandemia, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), pediu formalmente ao Tribunal Superior Eleitoral o adiamento das eleições municipais de outubro para 2022.
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

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