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Delegada Gleide e Prefeitura do Recife firmam parceria pelo fim da violência doméstica

Até o próximo dia 10 de dezembro são realizadas ações numa mobilização global e que envolve diversos países para a conscientização sobre questões relacionadas à violência contra mulheres do mundo. Assim, a Delegada Gleide Ângelo firmou uma parceria com as Secretarias da Mulher e de Prevenção e Cultura Cidadã do Recife para promover uma série debates e rodas de diálogo, respeitando os protocolos de segurança sanitários necessários, nas unidades dos Centros Comunitários da Paz (COMPAZ) da capital pernambucana. O primeiro encontro acontece nesta terça (30), no COMPAZ Dom Helder Câmara, no bairro do Coque.

A iniciativa visa estimular mulheres, assim como pais, filhos, amigos, familiares e qualquer pessoa próxima, a não abandonar as possíveis vítimas de qualquer tipo de violência e apoiá-las a denunciar seus agressores. “Embora os contextos possam ser diferentes e únicos, mulheres e meninas de todos os lugares sofrem abusos de todos os tipos, o tempo todo. Mesmo com o incremento da legislação ou na rede de proteção e amparo, precisamos desconstruir a naturalização das agressões, porque há mulheres sendo barbaramente espancadas pelos companheiros, ou até por desconhecidos, seja dentro de casa, seja no meio da rua”, explica a parlamentar fazendo referência aos casos recentes da jovem grávida espancada pelo namorado em Toritama, no agreste, ou da cliente que foi agredida por um motorista de aplicativo em frente a um centro de compras da zona sul recifense.

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social do Estado, Recife concentra os mais altos índices de violência contra as mulheres. Nos últimos três anos, foram registrados 31.834 casos de violência doméstica, familiar ou sexual, numa média de quase 900 queixas por mês. Até o último mês de outubro, foram 8.144 registros de boletins de ocorrência do tipo. “São práticas violentas e abusivas que têm raízes profundas e reiteram uma realidade de subserviência e opressão às mulheres. Precisamos trazer luz sempre a estas questões para que possamos desconstruir esse ambiente em que a violência contra a mulher é generalizada e normalizada. Reconheço o papel social dos COMPAZ nas comunidades e sei que eles são estratégicos para fazer nossa mensagem chegar a quem mais precisa”, pontua. Depois do encontro no Coque, as rodas de diálogo vão acontecer no Governador Eduardo Campos (Alto de Santa Terezinha), Escritor Ariano Suassuna (Cordeiro) e Governador Miguel Arraes (Praça Caxangá).

ORIGEM — Idealizada em 1991 pelo Instituto de Liderança Global das Mulheres, a campanha dos 16 Dias de Ativismo Pelo fim da Violência contra a Mulher atualmente envolve mais de 160 países e é coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, a campanha acontece desde 2003 e tem duração de 21 dias, com início no dia 20 de novembro, quando se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra, sendo um dia de dupla luta. Neste sentido, a campanha nacional cumpre um papel imprescindível, ao enfatizar a discriminação sofrida pelas mulheres negras – maioria da população brasileira.

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