No próximo dia 21, a Assembleia vai debater, em audiência pública, a violência nos estádios e punições mais duras para agressões e vandalismo praticados por torcidas organizadas. O anúncio foi feito nesta segunda (cinco de maio), pelo deputado Vinícius Labanca, do PSB, que preside a Comissão de Esporte da Casa, e por Betinho Gomes, do PSDB. Os deputados lamentaram a morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, após ser atingido por um vaso sanitário arremessado da arquibancada do Estádio do Arruda, no Recife, na última sexta (2), depois do jogo entre Santa Cruz e Paraná.
Vinícius Labanca defendeu uma Lei Geral do Futebol em nível federal, e afirmou que é incompreensível a postura dos torcedores que vão para os jogos com o objetivo de promover o vandalismo. Segundo o socialista, a violência está presente em todos os estádios brasileiros e o País deve se espelhar na experiência inglesa que, na década de 80, enfrentou os hooligans, movimento que ficou famoso em todo o mundo pela violência entre torcedores. O deputado citou as medidas adotadas, como o afastamento dos agressores e dos clubes das competições.
Já Betinho Gomes, do PSDB, apresentou dois projetos de lei. O primeiro propõe a aplicação de penalidades a instituições esportivas que colaborem ou deixem de coibir atos ilícitos praticados por seus torcedores. A segunda proposta sugere a implantação do Programa Paz nos Estádios, com a finalidade de articular e coordenar as atividades de controle social executadas pela Rede de Proteção e Defesa do Torcedor, a ser constituída pelas Secretarias de Educação do Estado e dos municípios, Juizado do Torcedor de Futebol, clubes e Federação Pernambucana de Futebol.
Em aparte, Terezinha Nunes e Daniel Coelho, do PSDB, também se pronunciaram sobre a morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva. Na avaliação da tucana, só uma lei mais dura pode coibir o aumento da violência nos estádios. Daniel Coelho defendeu que todos têm que assumir suas responsabilidades, e cobrou o pleno cumprimento do Estatuto do Torcedor
