Pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre o perfil do consumo de crack no País foi repercutida, nesta segunda (23), pelos deputados Adalto Santos, do PSB, Pastor Cleiton Collins, do PCS, e Daniel Coelho, do PSDB. De acordo com o levantamento, o Brasil é o maior consumidor do entorpecente do mundo e o Recife, o segundo entre as capitais brasileiras. De acordo com as informações da pesquisa, são 370 mil usuários regulares de crack no País, 180 mil no Nordeste, onde 13 mil estão na capital pernambucana.
Na opinião de Adalto Santos, muitas crianças e adolescentes são afetadas. O potencial destrutivo do crack é incalculável e o enfrentamento é problema de Governo, que deve ter políticas publicas especificas. O parlamentar ainda destacou que, com a atualização dos dados, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, anunciou a execução de um plano de enfrentamento com três eixos: prevenção, cuidados e autoridade. A primeira exige medidas sociais para esclarecer os malefícios da droga, os cuidados serão previstos pela contratação de bons profissionais e a ampliação de unidades de tratamento e, no caso do exercício da autoridade, haverá aumento de ações de segurança publica e enfrentamento rigoroso ao narcotráfico.
O deputado Pastor Cleiton Collins, do PCS, destacou que as Comunidades Terapêuticas têm um papel importante no tratamento dos dependentes. Collins solicitou à bancada pernambucana no Senado que coloque em votação projeto de lei sobre a internação involuntária e o financiamento das Comunidades.
Em aparte, o deputado Daniel Coelho, do PSDB, elogiou o trabalho das Comunidades Terapêuticas na luta contra o crack. O parlamentar defendeu a internação compulsória, como forma de proteger o dependente e a família.
