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Deputados repercutem aprovação de impeachment em comissão da Câmara dos Deputados

A aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff pela Comissão Especial do Impeachment da Câmara dos Deputados repercutiu na Reunião Plenária desta terça (12).  A previsão é que a votação em Plenário ocorra até o próximo domingo (16). Além do processo de impedimento, a possibilidade de novas eleições e as atitudes do vice-presidente Michel Temer em meio à crise política também foram discutidas pelos parlamentares estaduais.

Antônio Moraes (PSDB) comemorou a aprovação do relatório favorável ao impeachment. “Os deputados federais deram um passo importante para restabelecer a ordem política, econômica e ética nesse País. O Brasil precisa de um governo que ataque os problemas econômicos”, considerou.

Já Edilson Silva (PSOL) lamentou o parecer. “Não foram apresentados argumentos objetivos para caracterizar crime de responsabilidade da parte da presidente. Os deputados preferiram falar para as câmeras de TV ao invés de se comportarem como estadistas”, avaliou. Ele também reprovou a atuação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo. “Ele marcou a votação para um domingo, para criar uma  praça de guerra em Brasília”, criticou.

Ângelo Ferreira (PSB) declarou que “espera ver, no domingo, a melhor decisão sendo tomada, para que tenhamos uma maior esperança no apaziguamento desse País, com a melhora do nível de emprego e da atividade econômica”.

Novas eleições – O vice-líder do Governo, Lucas Ramos (PSB), elogiou a posição do governador Paulo Câmara em relação ao processo, pois ele defendeu a realização de novas eleições presidenciais em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo. “O consenso está muito distante em qualquer cenário. A saída menos dolorosa é a realização de novas eleições, o que já é possível através de processo do Tribunal Superior Eleitoral”, avaliou o deputado.

A proposta de novas eleições também foi aprovada por Edilson Silva (PSOL) e Romário Dias (PSD). “Numa alternativa à situação atual, o povo deveria dar a última opinião. Mas isto tem de ser feito de maneira legal, por meio do TSE ou pela renúncia” considerou Edilson. Já Romário Dias se mostrou favorável não só ao impeachment de Dilma mas também ao de outras autoridades na linha sucessória, como o vice-presidente Michel Temer, Eduardo Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Gravação do vice-presidente Outro tema abordado pelos parlamentares foi a gravação em que Michel Temer fala como se a Câmara dos Deputados já tivesse aprovado o impeachment. O áudio foi divulgado pela imprensa nesta segunda (11), e, segundo o vice-presidente, o vazamento ocorreu por engano. Para Edilson Silva, foi “um ato ridículo, motivado por ansiedade e vaidade”. Já Romário Dias julgou que o vazamento do áudio foi proposital. “Um discurso como aquele é feito para que todo mundo saiba”, analisou.

 

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