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Detentos recebem pães com fezes de rato em cadeia de Maceió, diz sindicato

Aliny Gama Do UOL, em Maceió

Presos da Casa de Custódia de Maceió receberam pães contaminados com fezes de rato e mofados para refeição do café da manhã desse domingo (14), segundo o Sindapen (Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas).

O sindicato afirmou que 650 pães foram entregues aos detentos para a primeira refeição do dia e quando funcionários observaram que haviam fezes e mofo no alimento fornecido aos 250 internos do módulo 1. Os pães foram devolvidos e recolhidos.

O presidente do sindicato, Vitor Leite, disse que os presos não chegaram a consumir os pães porque os servidores detectaram tempo a contaminação.

“Ficou o clima de revolta porque a comida já é de péssima qualidade e chegar a esse ponto de fornecer pães mofados e com fezes de rato é absurdo”, disse Leite.

O sindicato contou ainda que os presos não ficaram sem se alimentar porque ainda tinham guardados alimentos que as famílias levaram para eles complementarem a alimentação.

“Eles só não ficaram com fome mesmo porque guardaram a comida que foi levada pelos familiares na última visita. Mas, a alimentação fornecida pelo Estado só veio mesmo a seguinte, que foi o almoço”, disse Leite.

Os pães são fabricados em uma padaria montada dentro do próprio sistema prisional de Alagoas, a qual utiliza mão de obra de servidores e também dos presos, que fazem cursos de panificação. Segundo o governo do Estado são produzidos aproximadamente 18 mil pães por dia na padaria, inclusive, durante os fins de semana.

O sindicato afirmou que vai pedir que a Vigilância Sanitária inspecione a padaria e o local que os pães ficam armazenados para que sejam interditados, caso seja comprovada a infestação de ratos.

A SGAP (Superintendência Geral de Administração Penitenciária) disse ao UOL, nesta segunda-feira (15), que não há comprovação de que as fotos foram registradas dentro da Casa de Custódia ou qualquer unidade prisional do Estado como denunciou o Sindaspen.

Segundo a superintendência, a produção de alimentos dentro do sistema prisional respeita as normas de higiene e a padaria preza pela qualidade dos pães fabricados, que são distribuídos no mesmo dia que foram produzidos.

“Após a produção, os pães são destinados tanto para a alimentação de servidores, quanto para a alimentação dos custodiados, sem distinções. No momento da distribuição, os pães são condicionados em contêineres com tampas, o que impede que os alimentos possam ser contaminados como sugeriu a denúncia realizada”, explicou.

UOL NOTÍCIAS

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