Do JC Online
Quando a seleção brasileira entra em jogo, o consumo de energia cai no País e em Pernambuco. No dia do último jogo da canarinha contra a Colômbia, foi registrada uma queda no consumo de 2.700 megawatts-hora (MWh) no Estado. “Isso é suficiente para abastecer o município de Agrestina, que possui 23.842 habitantes”, conta o gerente de mercado da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Wladimir Moura.
“A queda no consumo começa algumas horas antes do jogo, porque geralmente há uma desaceleração da indústria e do comércio, que fecha as lojas e shoppings. Esses dois setores consomem 50% da energia comercializada pela Celpe”, afirma.
Segundo Wladimir, também contribui para a redução do consumo o fato de que as pessoas se juntam para assistir o jogo, ligando apenas uma TV para ver a partida. “Na hora do intervalo do jogo, o consumo aumenta, voltando a diminuir, quando começa o segundo tempo”, diz.
A única consequência que a diminuição do consumo traz à Celpe será uma redução do faturamento. “Essa queda da receita não será significativa. No jogo contra a Colômbia correspondeu a uma diminuição de 6,5% do consumo”, argumenta.
Pelo menos desde 2010, o consumo de energia só faz aumentar no Estado e no País.
No Brasil, o último jogo da seleção brasileira, na sexta-feira da semana passada, resultou num recuo de consumo de 15 mil MW, de acordo com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Geralmente, ocorre uma redução média do consumo nos dias de jogos da seleção canarinha. No entanto, desde que começou o campeonato mundial a maior queda de energia foi no dia do jogo de abertura da Copa, quando o Brasil enfrentou a Croácia no campo. Naquele dia, foi registrada uma queda de 18 mil MW na demanda por energia em todo o País, segundo informações do ONS.
Num dia útil normal, o Brasil apresenta uma demanda (consumo) maior que 62 mil MW de energia.
