Pernambuco sedia, desde esta terça-feira (04), a Reunião Nacional para Avaliação das Doenças Diarréicas Agudas Causadas por RotavÍrus, patologias que são responsáveis por cerca de 600 mil mortes, por ano, em todo o mundo. O evento, que será realizado no Hotel Cult, em Boa Viagem, terá início às 8h30 e segue até a próxima quinta-feira (06/12). O encontro é uma iniciativa do Ministério da Saúde por meio da Unidade de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (UVHA).
O encontro busca fortalecer as ações nacionais de prevenção e controle das doenças diarréicas agudas, que possui um alto índice de prevalência em crianças menores de dois anos. Para isso, durante o evento, serão debatidos temas como a situação das doenças diarréicas no País, atuação das equipes de vigilância frente às situações de surto e a avaliação da cobertura vacinal contra o rotavÍrus. Ainda na reunião, serão discutidas as atividades realizadas pelas unidades de vigilância sentinela. Em Pernambuco, as unidades sentinelas referência para o diagnóstico são o Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip) e o Hospital Geral de Areias.
“A unidade sentinela tem importância vital na vigilância das doenças diarréicas agudas por rotavírus, pois elas notificam os casos suspeitos, que são encaminhados para identificação do genótipo circulante. Assim, é possível avaliar o tipo de vacina que estamos usando e ajustar para o genótipo da doença em circulação”, explica a gerente de Prevenção aos Agravos Agudos da SES, Nara Melo.
Com a presença de representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, das Gerências Regionais de Saúde, de secretarias municipais de Saúde, unidades hospitalares e de institutos nacionais de pesquisa, como a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Evandro Chagas, no último dia, será realizada uma oficina de trabalho com elaboração do Plano de ação e propostas para a busca na melhoria das atividades de prevenção às doenças diarréicas agudas.
ROTAVÍRUS – O rotavírus é uma síndrome infecciosa causada por um vírus da família Reoviridae, podendo variar da forma assintomática até a diarréia grave. Em geral, a incidência das infecções sintomáticas é maior na faixa etária de 6 a 24 meses. Os mecanismos exatos de transmissão ainda continuam sendo estudados. No entanto, admiti-se que a principal forma de transmissão é fecal-oral, com evidências de transmissão através de gotículas de salivas, alimentos e secreções no trato respiratório.
