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Dois a cada mil bebês podem nascer com paralisia cerebral – entenda os sinais

O dia seis de outubro é marcado pelo Dia Mundial da Paralisia Cerebral (PC), uma data que promove o conhecimento sobre a doença e coloca em destaque os problemas decorrentes da doença, que afetam mais de 17 milhões[1] de pessoas no mundo. Coordenada pela World Cerebral Palsy Initative – um grupo sem fins lucrativos que visa promover mudanças reais para as pessoas que tem ou convivem indiretamente com a paralisia – a data promove a necessidade do diagnóstico precoce, ações educativas e conscientização social sobre os sintomas, tratamentos e convivência com a PC.

A paralisia cerebral é a deficiência física mais comum na infância1 e trata-se de uma desordem motora que ocorre durante o desenvolvimento do cérebro do bebê ainda dentro do útero ou até os dois anos de vida da criança. “A paralisia cerebral pode ser causada por diversos motivos, como por exemplo: hemorragias, falta de oxigênio no cérebro, traumatismo e até mesmo nascimento prematuro. Muitas vezes, não sabemos como e nem o motivo de algumas crianças nascerem ou desenvolverem a condição, mas geralmente não tem a ver com deficiência nos pais ou hereditariedade”, explica Dra. Andrea Thomaz Viana, Fisiatra e Gerente Médica da Ipsen.

De acordo com a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), a doença não se trata de um défice intelectual e não impede o desenvolvimento de inteligência normal ou acima da média. Mesmo assim, pode ter associação com atrasos nessa área dependendo da lesão e da localização, assim como pode gerar problemas de cognição, comunicação, percepção, atenção, concentração e/ou epilepsia[2].

A paralisia pode ainda se manifestar por meio de distúrbios motores que podem afetar os braços e as pernas. Existem três tipos de definições para esse distúrbio, são elas:

  • Espástico – tipo mais comum que atinge cerca de 80% a 90% dos casos. Os músculos ficam rígidos e existe dificuldade em se movimentar;
  • Discinético – cerca de 6% dos casos. Os movimentos acontecem de forma involuntária e de forma exagerada;
  • Atáxico – cerca de 5% dos casos, sendo o mais raro. Esse tipo apresenta tremores e falta de coordenação nos braços e nas pernas.

É possível também que o paciente apresente dois tipos de distúrbios simultaneamente – por exemplo, a espasticidade e a distonia[3].

A rápida identificação dos sinais que indicam a paralisia cerebral é uma forma de garantir uma melhor performance dos tratamentos de reabilitação. Para isso, entender os marcos para cada idade é uma forma de ficar atento a qualquer desordem que possa levar ao diagnóstico. “Por exemplo, se aos três meses seu bebê ainda não consegue sustentar a cabeça ou então não consegue se manter sentado sem apoio aos seis meses, o desenvolvimento dele pode estar atrasado. O importante é procurar um profissional e garantir um diagnóstico correto. No caso da paralisia cerebral, a identificação precoce colabora para maiores ganhos durante o tratamento”, comenta dra. Andrea.

O tratamento para a paralisia é multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde como médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos. Também, em casos de espasticidade, onde os músculos acabam gerando contrações fortes e involuntárias, causando dores ao paciente, o tratamento pode recorrer à aplicação da toxina botulínica: “A aplicação é feita nos músculos que apresentam rigidez. A toxina consegue relaxar o tecido de forma temporária, facilitando a reabilitação e contribuindo com o bem estar da criança”, completa a especialista.

Dois a cada mil bebês podem ser afetados pela paralisia cerebral[4] e os distúrbios associados à essa doença são variáveis. Algumas crianças podem apresentar incapacidade de andar, falar, controlar a urina, a saliva, sentir dor, apresentar distúrbios no comportamento ou apresentar algum prejuízo visual ou intelectual. A data, muito mais do que gerar consciência sobre os sintomas, vêm também reivindicar uma maior abertura na sociedade para falar sobre o assunto e integrar crianças, jovens e adultos com PC de forma igualitária e com qualidade de vida.

 Referências

1-       World Cerebral Palsy Day, disponível em < https://worldcpday.org/about-us/> acesso em 16/ago.

2-       Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, disponível em < http://www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=65> acesso em 17/ago

3-       O que é Paralisia Cerebral? Disponível em < https://worldcpday.org/wp-content/uploads/tools/worldcpday.org.au/posters/whatiscp/WCPD_What_is_CP_poster_Portuguese.pdf> acesso em 17/ago

4-       Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, disponível em < http://www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=65> acesso em 17/ago

 Sobre a Ipsen na América Latina e no Brasil

Na América Latina, a Ipsen tem presença direta, com filiais no Brasil e no México e está presente através de parceiros comerciais em outros países, como Colômbia, Argentina, Venezuela, Chile e Peru. No Brasil, na área terapêutica da neurolociência a Ipsen consolidou sua posição de liderança com o Dysport® no mercado público e vem crescendo fortemente sua participação de mercado no segmento privado.

Sobre a Ipsen

Ipsen é um grupo farmacêutico global especializado em soluções de saúde com o alvo em doenças debilitantes. Com vendas totais superiores a € 1,9 bilhões em 2016, a companhia comercializa mais de 20 medicamentos em mais de 115 países, com presença direta em mais de 30 países. A ambição da Ipsen é tornar-se um líder em soluções de cuidados de saúde especializados para doenças debilitantes específicas.  Seus campos de atuação englobam as áreas neurociências, oncologia e doenças raras. O compromisso da empresa com a área de oncologia é observado a partir do seu crescente portfólio de terapias chave, melhorando o atendimento de pacientes que sofrem de câncer de próstata, câncer de bexiga, câncer renal e tumores neuroendócrinos.

Além de uma presença significativa no mercado de Primary Care, a empresa possui uma política ativa de parcerias. A área de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Ipsen, localizada nos principais centros de biotecnologia e ciências da vida do mundo (Les Ulis / Paris-Saclay, França; Slough / Oxford, Reino Unido; Cambridge/Massachusetts, EUA), está focada em plataformas tecnológicas inovadoras e diferenciadas, peptídeos e toxinas. Em 2016, a Ipsen investiu 13% de suas vendas em P&D.

A Ipsen tem mais de 5.400 funcionários no mundo todo.

As ações da Ipsen são negociadas no segmento A da Euronext Paris (código de ações: IPN, código ISIN: FR0010259150) e são elegíveis para o “Service de Règlement Différé” (“SRD”). O Grupo faz parte do índice SBF 120. A Ipsen implementou um programa “Sponsored Level I American Depositary Receipt (ADR)” que opera no mercado de balcão nos Estados Unidos sob o símbolo IPSEY. Para mais informações visite www.ipsen.com

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