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GOIANA// Dois homens são presos por esquema de furtos na fábrica da Jeep

Polícia Civil prendeu, no domingo (10), um ex-chefe de produção da fábrica da Jeep, de 25 anos, e o cunhado dele, de 29 anos, suspeitos de integrarem um esquema de furto de veículos do modelo Renegade. O ex-funcionário seria responsável por retirar os carros da fábrica, localizada no município de Goiana, Mata Norte do estado. Já o cunhado, seria o intermediário do esquema. Ele faria a ponte entre o ex-chefe de produção e um receptador, que está preso desde março deste ano pelo mesmo crime.

Os dois homens foram encaminhados para a delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, em Afogados, Zona Oeste do Recife. Na época da prisão do receptador, o delegado Diogo Acioli chegou a ouvir os dois, que negaram envolvimento no crime. Eles foram encontrados em Caetés, Abreu e Lima, no Grande Recife.

O delegado ainda pretende ouvir os suspeitos nesta segunda-feira, pois um carro, que também teria sido furtado pela quadrilha, foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal. Até então não se sabe desde quando a ação vem acontecendo e nem quantos carros foram furtados. A princípio, a fábrica já sentiu falta de, pelo menos, dez veículos. Três deles foram localizados pela polícia estacionados em uma padaria no bairro da Campina do Barreto, Zona Norte do Recife.

“As investigações continuam. Caso sejam identificadas outras pessoas, será feito o mesmo procedimento. Será encaminhado para o poder judiciário solicitar sua prisão preventiva e caso o judiciário entenda que é caso de prisão expede o mandado e nós tentaremos efetuar a prisão desse novo identificado”, explicou o Diogo Acioli.

O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Jeep, que informou que não se pronunciaria sobre o caso.

Entenda o caso
De acordo com a investigação, uma falha na segurança e no controle de saída de veículos da fábrica da Jeep teria facilitado o furto de carros do modelo Renegade. Por ter livre acesso às dependências da fábrica, o ex-chefe de produção teria se aproveitado do cargo de confiança para retirar esses veículos do local e repassar para os dois intermediários e um receptador, que fariam a venda ilícita dos carros. A polícia ainda investiga a participação de outros funcionários no esquema.

O caso foi descoberto depois que um um despachante compareceu à Delegacia de Roubos e Furtos para saber como faria para registrar um carro que não havia sido cadastrado na fábrica. O policial que atendeu desconfiou da história.

“Ele [receptador], no primeiro momento, negou. Usou o argumento de que quem repassou era um funcionário da fábrica. Porém era um veículo que não tinha nenhum cadastro no órgão de trânsito, uma vez que ele próprio estava tentando fazer esse serviço e não possuía nota fiscal. São argumentos frágeis, que apontam que ele tem conhecimento que, de fato, se tratava de um veículo obtido de maneira ilícita”, comentou o delegado Diego Acioli, da Roubos e Furtos.

A polícia conseguiu prender o receptador, de 33 anos, em março deste ano. Ele era o responsável por cadastrar e vender os carros furtados. Ele teria comprado os três carros por R$ 40 mil e revenderia por, no mínimo, R$ 70 mil. Um dos dois supeitos de ser o intermediário, de 29 anos, também foi identificado e ouvido pela corporação.

Á época, o receptador detido foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel). Ele responde por receptação, adulteração de veículo e associação criminosa. O ex-chefe de produção responde por furto qualificado, adulteração de veículo e associação criminosa. Já o intermediário responde por receptação, adulteração de veículo e associação criminosa.

Do G1 Pernambuco 

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