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ENTREVISTA/ Joaquim Neto Barbosa, advocacia de excelência

Grupo conta com mais de 20 profissionais

Por Sivaldo Venerando

Advogado atuante há mais de duas décadas, Joaquim Neto Barbosa é referência profissional no quesito “habilidade no encaminhar clientes para a solução que melhor atenda seu interesse”.

Com pós-graduações em Direito Processual e Ciências Criminais, Direito de Processo Previdenciário, e Direito Tributário, o advogado é autor de vários livros de Direito Previdenciário e também coautor de livros sobre Direito Empresarial e Trabalhista.

Ele tem vasta experiência em exercer e identificar valores. Confira nossa conversa.

Advocacia gerida como negócio

“A advocacia deve ser gerida como uma passagem de valor, e sob a perspectiva de que negócio é bom para a humanidade, porque faz valor circular. Nesse ramo é possível atuar como qualquer outro negócio. Todos os negócios atendem interesses da humanidade e não seria advocacia a melhor deles. É, obviamente, um interesse importante, tão quanto a educação, a saúde e o lazer. Hoje não há nenhum assunto mais importante que o outro. Todos atendem necessidades humanas, e a advocacia é um negócio como qualquer outro”.

Atuação em vários ramos do Direito

“O profissional que pretende atuar em vários ramos do Direito tem que ser muito estudioso, porque hoje há uma tendência forte de especialização. A gente no interior não tem como se especializar muito. Em uma cidade de médio porte como Limoeiro ou Carpina não há muitos clientes para uma especialização. Isso vai exigir muito estudo, porque tem que ser bom em várias áreas. Também implica que um profissional que pretenda atuar dessa forma tem que, além de estudar muito, valer-se de uma equipe e contar com bons profissionais, porque tem mais mentes para pensar e passar valor adequado para o cliente que procura o escritório”.

Joaquim Neto e Liliane Péricles, gestora de Recursos Humanos

O profissional deve vender valor

“Venda de valor é uma percepção que acho adequada para o momento da humanidade, porque os negócios hoje e as relações humanas passam por não mais trocar mercadorias e serviços por dinheiro. Quando duas pessoas se encontram e trocam valor, cada uma fica com dois valores. Fica com o valor que ela tinha quando passou pro outro, que não deixa de ter, e recebe o valor do relacionamento que houve com o ser humano que participou da relação junto com ela. Nos negócios antigamente não havia essa percepção. Você entrega a mercadoria e recebe o dinheiro. Cada um saia com um. Era um negócio de soma zero. Você entrava com um na negociação e saía com um, agora a ideia de passagem de valor é outra. E nesse relacionamento ambos ganham e saem com mais do que entraram no relacionamento. E isso vai implicar no relacionamento com o cliente. Você passa valor e recebe acréscimo à sua vida com o valor do outro ser humano com o qual se relacionou. Sua vida vai passar a ser diferente. Tanto a sua como a dele; e, então, ambos passaram a ser maiores, a ter mais experiência e se aquela experiência foi construtiva para os dois, melhor para todos. Isso leva também a ideia de que você vivendo tem um propósito, e esse propósito é o que faz você passar valor adequadamente. Você tem que encontrar esse propósito. Não é coisa do outro mundo. O propósito é aquilo que lhe dá satisfação humana, faz viver, achar que a vida é uma coisa boa, ter pertinência com tudo isso aí. Seu propósito é coisa simples que você faz com satisfação e esse fazer vai se somando dia após dia e impacta adequadamente o máximo possível de pessoas.”

Desprender-se de crenças limitantes

“A ideia de que nossas crenças nos dão limites e, aí, convencionou-se chamar a isso de caixas… Você está numa caixa. De fato é verdade, porque as crenças fazem com que nós tenhamos posturas habituais por conta daquelas crenças. Isso foi interessante, até certo momento, para a história da humanidade, mas hoje há uma ideia – e eu até acho que é verdadeiro – de que isso tem que ser repensado, porque nossas crenças limitantes, que dão os contornos dos limites da caixa, impedem que a gente possa ajudar mais pessoas com nossa passagem de valor. Então, sair da caixa, sair dessas limitação por conta de crenças é fundamental para que a humanidade ganhe com isso. Penso que sim, a natureza humana viabiliza que a gente possa ter novas perspectivas e que melhoremos essas crenças, para poder ajudar mais. Sair da caixa é possível a qualquer ser humano no meu sentir.”

Levar o negócio para um nível maior

“Entendo que a postura adequada para o ser humano, que quer levar seu negócio para um nível maior, é ele se elevar como ser humano a um nível maior. Nenhum negócio vai ser maior do que é o ser humano. Então, melhorar-se enquanto ser humano vai tranquilamente fazer com que seu negócio vá para outro nível. É melhorar em todas as perspectivas para que o negócio vá paro outro nível sustentavelmente. Mas não é interessante sacrificar a saúde eventualmente para que o negócio cresça. A coisa tem que ser sustentável. Então, elevar-se para outro nível, sustentavelmente é fundamental para elevar o empreendimento.

*Entrevista publicada na edição de Março do Jornal Voz do Planalto 

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