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Estudantes da Rede Estadual apresentam projetos no Ciência Jovem

Nesta quarta-feira (6), estudantes da Rede Estadual participaram da abertura da 25ª edição do Ciência Jovem, no Shopping RioMar, no Recife. Com programação marcada até amanhã (8), a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco participará com apresentação de 120 trabalhos científicos, sendo 65 de escolas do interior e 55 da Região Metropolitana do Recife. Desses, 11 são dos Anos Finais do Ensino Fundamental, 23 do Ensino Médio Regular e 86 do Ensino Médio integral, Semi-Integral e Educação Profissional.
Estarão participando da feira 120 professores, 240 estudantes e 32 técnicos de ciências das 16 Gerência Regionais de Educação (GREs). As produções serão divididas em cinco categorias: Iniciação à Pesquisa (Educação Infantil e Fundamental 1); Divulgação Científica (Fundamental 2); Incentivo à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (Ensino Médio); Francis Dupuis (projetos estrangeiros) e Educação Científica (projetos de educadores). Os projetos serão avaliados por uma comissão com mais de 150 especialistas. Os que forem premiados receberão credenciais para mostrarem seus trabalhos em outras feiras nacionais ou internacionais.
“A feira de ciência vem sendo trabalhada ao longo de todo período letivo e agora é a hora de mostrar essa rica produção científica. A feira é uma festa. A feira é um momento de troca de experiências”, declarou o diretor do Espaço Ciência e coordenador do Ciência Jovem, José Carlos Pavão.
Na ocasião, estudantes do 2º ano do Ensino Médio, da Escola Técnica Estadual (ETE) Porto Digital, no Recife, apresentaram o projeto “Horta monitorada com irrigação automatizada usando água de descarte de bebedouro”. A equipe, composta por Maria Eduarda Oliveira, João Victor de Freitas e Geovanna Domingos, visa desenvolver uma consciência de mundo mais sustentável e saudável. “A água do bebedouro que ia para o esgoto agora é direcionada para a horta”, explicou Maria Eduarda.
O sistema funciona de forma automática ligado a sensores programados que irriga a horta diariamente conforme a necessidade do solo, inclusive aos finais de semana. “Nós cultivamos manjericão, coentro, alface, acerola, entre outros alimentos e repassamos para as merendeiras da escola utilizarem nas nossas refeições. Quando sobra, nós distribuímos para as pessoas”, completou.
Do município de Flores, Sertão do Alto Pajeú, os estudantes do 7º ano Josué Isaac e Camila Ferreira, da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Ensino Médio (EREMFEM) Dário Gomes de Lima, desenvolveram a ração caseira para cães. O alimento, composto por ossos de frango, soja e farinha de trigo ainda recebe beterraba, couve, uva e cenoura para dar pigmentação. “A gente fez testes sensoriais e os cachorros comeram normalmente a ração não demonstrando nenhuma diferença em comparação com a industrial”, contou Isaac. “Nos testes sensoriais ainda verificamos que os animais escolheram a ração desenvolvida em nosso laboratório ao invés da ração industrializada. Além disso, foi comprovado o custo benefício do produto”, finalizou. O quilo da ração industrial varia entre R$ 14 e R$ 18 reais, enquanto a produzida pelos estudantes custa R$ 3,30.
“Esses dias serão dias de muita animação e de muita festa, mas principiante de muito aprendizado”, disse a secretária executiva de Educação Integral e Profissional, Maria Medeiros. “O Ciência Jovem é a grande culminância dos projetos que são desenvolvidos no chão da escola. A feira não acaba no último dia, ela se desdobra porque aqui nós estamos verdadeiramente vivenciando a essência do protagonismo juvenil. O que a gente vai ver ao longo desses dias são os nossos jovens do Cais ao Sertão do estado trazendo uma produção que é de altíssimo nível”, acrescentou.
Foto: Pedro Menezes

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