A Polícia Civil está investigando o caso de um falso médico que foi preso em flagrante, atendendo pacientes na Unidade Mista Josefa Cavalcanti de Petribú, em Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata Norte.
O suspeito foi autuado por falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão, quando atendia os pacientes no plantão da unidade de saúde, usando o registro de outro médico, desde fevereiro deste ano. Ele atendia dias de quintas-feiras, sábados e domingos, na área de clínica-geral
A polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso e após prestar depoimento na delegacia, o falso médico seguiu para audiência de custódia, que decidirá se ele vai ficar preso ou responderá o processo em liberdade.
O caso foi descoberto mediante denúncia, quando um paciente de Lagoa de Itaenga foi transferido para o Hospital da Restauração, e apresentou uma requisição médica. O profissional de plantão, que conhecia o verdadeiro médico, desconfiou da solicitação, e denunciou o caso ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).
Segundo a instituição, o homem preso foi identificado como sendo Wellington Salomão, de 44 anos, morador do Estado de São Paulo, e que conseguiu a formação de Médico na Bolívia, mas sem o registro legal, vinha atuando com o nome e o nome e o registro profissional de outro médico.
Em nota publicada no Instagram o CREMEPE fez a seguinte declaração:
“O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) realizou um flagrante do exercício ilegal da medicina na unidade mista Josefa Cavalcante Petribú, na cidade de Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, na tarde desta quinta-feira (28/10).
O homem formado em medicina na Bolívia assumia eventuais plantões da unidade utilizando nome e CRM de um médico para realizar os atendimentos. A denúncia chegou ao Cremepe que identificou o dia que o homem estaria de plantão e juntamente com a polícia civil deu o flagrante.
O Cremepe descobriu que o falsário se apropriou não só do nome de um médico real, mas usava seu registro profissional para atuar na unidade, inclusive com um carimbo falso. O suspeito atuava na unidade desde fevereiro deste ano.
O Cremepe acompanhou o falsário até a delegacia de Tracunhaém para lavrar o auto de prisão em flagrante. O acusado deve responder a inquérito por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica, por uso do número do CRM de outra pessoa.”
