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Fenearte 2015 homenageia Mestre Nuca de Tracunhaém

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Josi Marinho–  A Mata Norte comemorou a escolha do escultor Manoel Borges da Silva, mais conhecido como Mestre Nuca de Tracunhaém, como um dos homenageados da edição de 2015 da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte). O evento é o maior do tipo e do segmento na América Latina, unindo cultura, gastronomia, moda, decoração, música e artesãos de Pernambuco, do Brasil e de mais 35 países, e acontecerá entre os dias 02 e 12 de julho, no Centro de Convenções, em Olinda.

O “Poeta e cantador, rei dos trocadilhos”, Lourival Batista, conhecido por Louro do Pajeú, também será homenageado. A feira terá um museu no mezanino com exposição de obras do mestre Nuca e registros de poemas do repentista. “A escolha dos homenageados para a Fenearte deste ano é, sem sombra de dúvidas, certeira. A nação de artesãos que temos em Pernambuco será muito bem representada pelos nomes de Lourival Barbosa, que esse ano completaria 100 anos, e Mestre Nuca”, afirmou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, durante o anúncio.

Origem- Mestre Nuca nasceu no engenho Pedra Furada, Nazaré da Mata; aos três anos de idade mudou-se para Tracunhaém. Desde a década de 40, já fazia e vendia pequenas esculturas de cerâmica nas feiras; no entanto, foi a partir de 1968, quando esculpiu o primeiro leão, que consagrou-se com o efeito visual da juba leonina. A característica mais marcante dessas peças é a juba encaracolada, herança dos cabelos que o mestre detalhava nas bonecas, uma ideia de Maria Gomes da Silva, sua esposa.

Em 2005, Mestre Nuca recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. Seus trabalhos podem ser vistos em antiquários, coleções particulares, galerias de arte, museus e em espaços públicos, como no 1º Jardim de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e na Praça Tiradentes, entre o Cais do Apolo e a Rua do Brum, no Bairro do Recife.  Uma outra peça também muito característica da sua obra é a boneca com as mãos cheias de flores e os cabelos cacheados, além de outras figuras como anjos, pinhas, peixes, galinhas e outros animais.

O escultor faleceu em fevereiro de 2014, aos 76 anos de idade, após ser internado no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip) para implantar uma ponte de safena no coração. Apesar da cirurgia ter sido um sucesso, ele contraiu uma infecção urinária que se espalhou para os rins, o fígado e o sangue. A arte de Nuca tornou-se progressivamente conhecida e prestigiada nacionalmente.

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