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FIG 2013 celebra dos grandes espetáculos à cultura popular pernambucana

O melhor lugar para se estar em Pernambuco, no mês de julho, é Garanhuns. Para lá, se mudam artistas e apreciadores de arte e cultura dos mais variados segmentos: música, cinema, cênicas, artesanato, cultura popular, design, moda, fotografia, literatura. Chegou a hora de consumir o 23º Festival de Inverno de Garanhuns. A maior vitrine da política pública de Pernambuco; palco de grandes espetáculos, grandes e consagrados shows, estreantes e inéditas apresentações, pequenas mostras, oficinas, performances de todos os tipos, e muita gente, de todos os tipos também, que circula e deve ter em mãos o mapa com a extensa programação do FIG 2013. Ao longo dos anos, o festival transformou-se praticamente numa virada cultural totalmente gratuita, com duração de dez dias. A programação oficial começa com o despertar do povo e segue até onde as pernas conseguem dançar forró, com o dia perto de amanhecer outra vez.

Logo cedo, são as oficinas que dão espaço ao aprendizado, ao despertar, ao aperfeiçoamento das habilidades artísticas. A programação diária segue com a abertura do palco da Cultura Popular (a partir das 11h, no centro de Garanhuns); emenda com as atrações de dança, circo e teatro do Parque Euclides Dourado. Em paralelo, acontecem mostras de circo que encantam todas as gerações. Com o passar do dia, as opções aumentam e o público pode seguir para a mostra de música erudita na igreja, ou para os shows de música instrumental, na charmosa praça Ruber Van Der Liden. Na outra ponta do circuito FIG, outra vez no Euclides Dourado, a noite esquenta com o início do Palco Pop, onde tocam bandas e artistas ligados aos mais diversos gêneros da música contemporânea brasileira. Tem que guardar energia para seguir para a Esplanada Guadalajara e encontrar a multidão que todas as noites comparece para aprecar os grandes shows da música brasileira, pernambucana e também garanhuense. Para os que ainda acharem pouco, o palco Forró segue madrugada adentro.Polos de Animação do FIG 2013 – As ações do FIG 2013 estão espalhadas por toda a cidade. Esses são os principais polos: Palco Guadalajara, Palco Instrumental, Palco Cultura Popular, Comunidade Quilombola do Castainho, Parque Euclides Dourado, Palco Pop, Palco Forró, Ambiente Criativo, Estandes Institucionais, Pavilhão do Artesanato, Pavilhão da Dança e do Teatro para Infância, Exposições, Galeria das Artes (Fotografia, Design & Moda, Artes Visuais), Praça da Palavra, Casarão dos Pontos de Cultura, Cine Eldorado e Circo.

Destaques da programação – Nas artes cênicas, destaque para as atrações nacionais Os Gigantes da Montanha, do Grupo Galpão (BH); o show Dama Indigna, de Cida Moreira (SP).  De Pernambuco, participam o espetáculo de dança As canções que você dançou pra mim (Focus Cia de Dança) e Viúva, porém honesta, do grupo Magiluth. Na mostra de audiovisual do Cine Eldorado está programada uma das melhores mostras que o FIG já apresentou. São filmes pernambucanos premiados nos últimos anos , entre eles, Doméstica (Gabriel Mascaro), Boa sorte, meu amor (Daniel Aragão), Rio Doce CDU (Adelina Pontual), Era uma vez eu, Verônica (Marcelo Gomes), O Som ao redor (Kléber Mendonça), entre outros. Muitas novidades estão programadas para o segmento do audiovisual no FIG, incluindo uma mostra itinerante por comunidades quilombolas e um encontro de cineclubistas do agreste.

 

Na área da literatura, que vem ganhando cada vez mais espaço na programação do FIG, uma das novidades deste ano, dentro da programação da Praça da Palavra, é o I Encontro Internacional de Literatura Cartoneira, que irá reunir cartoneiros (que fabricam livros em sistema colaborativo com catadores de papelão) do Brasil, França, Argentina, Bolívia e Portugal.

Na política de cultura que volta seus olhos para os povos tradicionais, há vários destaques no FIG 2013. Um deles é o 2º Encontro de Troca de Saberes Crioulos, que acontece na comunidade do Castainho, reunindo apresentações de artes cênicas e de grupos culturais de diversas comunidades quilombolas do Estado.

A Cultura Popular se manifesta em palco próprio, com apresentações diurnas, que valorizam tradições da nossa música. O frevo – agora Patrimônio Imaterial da Humanidade – está presente no FIG 2013 com a Troça Carnavalesca Mista Cachorro do Mundo, Orquestra Metais do Frevo, Clube Carnavalesco Misto Seu Malaquias, O Bonde Bloco Carnavalesco Lírico, Flor da Lira de Olinda, entre outros grupos e bandas que representam o gênero. Maracatu, coco, ciranda e pastoril também compõe a grade de atrações desse palco.

Além do palco de Cultura Popular, a música se faz presente no FIG em mais quatro palcos. Cada um desses espaços vem, desde as primeiras edições do festival, aprimorando os seus sentidos, conceitos, ampliando seu olhar para a produção musical de relevância para os movimentos musicais brasileiros, promovendo o encontro entre o contemporâneo e o tradicional; o urbano e o rural, como não poderia deixar de ser quando a pauta é: música brasileira. É inegável, nos últimos anos, a grande valorização dada à produção musical pernambucana. Como também continua bastante expressiva a circulação de bandas e artistas da cena contemporânea nacional. Mesmo os nomes consagrados trazem consigo a assinatura da contribuição atual para a MPB.

Homenagem – O FIG 2013 homenageia a arquiteta, decoradora e amante da arte popular nordestina, sobretudo pernambucana, Janete Costa, natural de Garanhuns. A exposição Um Olhar Interior, que tem curadoria do filho de Janete, o também arquiteto Mário Costa, tem valor artístico e afetivo do acervo particular da ilustre filha de Garanhuns. A mostra é um projeto especial do Sesc Garanhuns, em parceria com a Secretaria de Cultura e Fundarpe.

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