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Governo Federal vai investir R$ 100 milhões na alimentação de rebanhos e geração de renda para o agricultor do semiárido

O Ministério da Integração Nacional, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), está desenvolvendo programas de fomento à produção de palma forrageira e de mudas de mandioca para garantir alimentação aos rebanhos e ajudar na recomposição de renda dos agricultores do semiárido. O investimento total previsto é de R$ 100 milhões até 2014, desses R$ 30 milhões serão aplicados ainda este ano. Os programas serão executados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

A ideia é estabelecer uma rede de multiplicação e distribuição de mudas de mandioca – as chamadas manivas – e de palma forrageira, com qualidade genética e fitossanitária, para agricultores familiares do Nordeste. O ministro Fernando Bezerra Coelho, explica que essa é mais uma frente de trabalho do Ministério da Integração Nacional no enfrentamento à estiagem. De acordo com Fernando Bezerra, todo o esforço do Governo é para garantir que a maior estiagem dos últimos 50 anos não comprometa o desenvolvimento da região. “Por isso, não bastam ações emergenciais. Estamos trabalhando para assegurar uma nova perspectiva em relação ao futuro”, disse o ministro.Como a farinha de mandioca é um item importante da alimentação do sertanejo, o cultivo das manivas também contribui para movimentar a economia local. Ao distribuir essas mudas, a intenção é ajudar na recomposição da renda dos agricultores da região, após as perdas em decorrência da seca prolongada. Outro problema estrutural que está sendo enfrentado é o da alimentação dos rebanhos. Para tanto, o Ministério da Integração Nacional vai investir na produção da folha de palma. A ideia é criar uma reserva estratégica do alimento para assegurar a sobrevivência dos animais, mesmo nos períodos mais críticos. Por suas características nutricionais, a palma forrageira é uma excelente fonte de alimentação animal. Além disso, trata-se de uma planta resistente a longos períodos de ausência de chuvas e que apresenta alta capacidade de produção por hectare.

Mais investimentos – O Governo Federal tem atuado em várias frentes para reduzir os efeitos da estiagem no semiárido. O investimento já soma R$ 7,6 bilhões em ações emergenciais, obras estruturantes e linhas especiais de crédito para amenizar as perdas econômicas nas áreas atingidas pela estiagem. Em março deste ano, foram anunciados mais R$ 9 bilhões em medidas para expansão da oferta de água e apoio aos agricultores familiares, entre elas, o aumento das linhas emergenciais de crédito, a renegociação de dívidas agrícolas e a expansão dos programas Bolsa Estiagem, Garantia-Safra e Operação Carro-Pipa.

Ao mesmo tempo, o Governo Federal reforçou os investimentos em infraestrutura hídrica para expandir a oferta de água no semiárido. São obras estruturantes, como barragens, adutoras e canais, que já estão transformando o semiárido brasileiro. Pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os valores mais que triplicaram, passando de R$ 7,2 bilhões no PAC 1 para R$ 26 bilhões no PAC 2, nos eixos Oferta de Água, Seca, Irrigação, Drenagem e Revitalização.

 

 

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