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Governos do Nordeste se unem para criar associação da cana

A fim de criar uma agenda para fortalecer os estados nordestinosna manutenção da indústria da cana-de-açúcar, os governos de Pernambuco e de Alagoas, além de representantes do setor, se reuniram nesta quarta (13) no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Com a presença do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e do de Alagoas, Renan Filho, a equipe discutiu proposta para a formação de uma associação dos produtores da indústria da cana. Uma política fiscal fortalecida, que consiga unir na competitividade a região Nordeste, é um ponto essencial para o setor.
Por meio dos sindicatos da indústria do açúcar e do álcool de Pernambuco e de Alagoas, o grupo pretende reunir empresas vinculadas aos órgãos desses estados. “Pretendemos criar uma política mais previsível para o etanol e uma agenda de competitividade fiscal mais aprimorada e acarretando melhor relacionamento com o mercado, além de manter empregos e fortalecer a renda para o setor”, destacou o presidente doSindaçúcar-PE, Renato Cunha, ao complementar que, inicialmente, os seis estados fundadores da associação são Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e Piauí. “Vamos ainda visitar outros estados muito relevantes, como Paraíba e Maranhão, para poder agregar ainda mais”, disse.
Com a criação inicial, a associação já será fundada com uma produção de mais de 35 milhões de toneladas de cana na safra. “O Nordeste produziu na última safra 2017/2018 cerca de 48 milhões de toneladas de cana e pretende voltar a patamares de 60 milhões de toneladas. Então, já de início esses estados detêm mais de 75% dessa produção”, explicou Cunha, acrescentando que os volumes de produção dos seis estados envolvem cerca de 2 milhões de toneladas de açúcar e 1 bilhão de litros de etanol. No Nordeste são mais de 200 municípios produtores de cana.
Uniformizar uma política fiscal para uma competitividade maior é ponto chave para a nova associação a ser criada. “Pernambuco e Alagoas precisam se fortalecer frente aos estados do centro-sul. Para isso, criar uma medida fiscal harmonizada em Alagoas é essencial”, explicou o presidente do Sindaçúcar de Alagoas, Pedro Robério, acrescentando sobre a necessidade do mecanismo fiscal para um mercado interno mais denso.
“Temos o princípio de criar uma medida fiscal pela vertente do ICMS que possibilite ao empresário alagoano atender o melhor mercado em determinados momentos. No caso de Alagoas, o mecanismo fiscal do ICMS vigente impõe que, em qualquer circunstância, 80% da produção tenha que ser exportada. E a ideia da uniformização é permitir que possamos abastecer também o mercado interno”, ressaltou Robério.

*FolhaPE

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