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GRE Mata Norte realiza I Festival de Artes e Talentos da Educação Inclusiva

Estudantes com deficiência das escolas jurisdicionadas à Gerência Regional de Educação (GRE) da Mata Norte participaram, na última quarta-feira (21), do I Festival de Artes e Talentos da Educação Inclusiva – FATEDI, que trabalhou o tema “Participação social: um exercício da cidadania na construção de políticas públicas”. A ação reuniu 32 escolas que fizeram suas apresentações nas categorias Artes Cênicas, Música, Dança, Criação Literária e Desenho ou Fotografia. O FATEDI abriu a Semana da Pessoa com Deficiência da regional. Um seminário de atividades relacionadas ao tema, que acontece no próximo dia 29, encerrará as ações alusivas à data.

O festival oportuniza aos estudantes um espaço de expressão da arte e do talento sob a ótica da educação inclusiva, bem como do reconhecimento e valorização às potencialidades das pessoas que apresentam ou não algum tipo de deficiência, sem desprezar a importância do desenvolvimento do protagonismo juvenil na esfera da diversidade cultural e artística. “Este ano resolvemos inovar nossa semana com um festival que mostrasse a pluralidade dos nossos estudantes, trazendo várias reflexões para valorização das pessoas na sua essência, já que estamos vivendo em um mundo tão desumano. Hoje, estamos aqui para prestigiar, reconhecer e valorizar os talentos dos nossos estudantes”, ressaltou a gestora da GRE, Edvânia Arcanjo.

Da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Benígno Pessoa de Araujo, localizada em Goiana, participaram os estudantes do Atendimento Educacional Especializado (AEE). O grupo apresentou músicas com o auxílio de instrumentos de sopro e de corda. “É muito bom estar aqui participando junto com a banda do AEE. Com eles eu já aprendi muitas coisas, como tocar, ler e escrever. Então, mostrar nosso trabalho é também alcançar o respeito da sociedade”, disse, emocionado, Walmir de Oliveira, de 31 anos, portador de Deficiência Intelectual (DI). Após o AEE, o espetáculo de dança dos estudantes da Escola José Antônio Bezerra de Menezes, de Itambé, encantou a plateia. Participando da apresentação, a jovem Vitória Maria, 1º estudante com microcefalia da rede estadual da Mata Norte, diz ter realizado um sonho. “Hoje eu realizei um sonho, estou muito feliz por participar do festival e poder fazer o que gosto, que é dançar”.

Para a professora de música, Sandra Regina Vasconcelos, mostrar os trabalhos dos estudantes é mostrar também o papel da escola, que é ser o farol da inclusão, o condutor para que as pessoas reflitam e enxerguem todos como seres iguais. “A função da educação especial é dar condições de igualdade para esses meninos para que eles possam ter sucesso escolar, e um dos instrumentos que usamos é a música, porque assim eles conseguem evoluir cognitivamente, motoramente e visualmente, estimulando o indivíduo como um todo”, pontuou.

A coordenadora do projeto e técnica da GRE, Lúcia de Fátima, explica que a ação está em seu primeiro ano e chegou para reconhecer as potencialidades das pessoas com deficiência. “Nosso festival não tem um carácter de premiação ou de competição, e sim de reconhecimento do desenvolvimento dos nossos estudantes, tendo em vista também o protagonismo juvenil na diversidade cultural e artística”, declara.

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