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Grupo timbaubense apresenta nova liderança para a eleição de 2016

O movimento contrário a atual gestão pública do muni­cípio de Timbaúba, iniciado pelos vereadores Ulisses Fe­linto Filho, Severino Gomes da Silva (Tiba) no início de 2013, aponta para uma opo­sição sistemática ao deputado federal Marinaldo Rosendo (PSB) e ao prefeito do muni­cípio, Júnior Rodrigues.

A princípio, a discordância dos vereadores custou “per­das” por parte da gestão. Tiba, por exemplo, foi expulso do PSB, partido que, em 1990, junto ao saudoso Miguel Ar­raes de Alencar, ajudou a di­fundir em Pernambuco, sen­do, desde então, o presidente do diretório de Timbaúba. Ele e Ulisses passaram a fazer um programa de rádio que, com o apoio da população, procurava mostrar “falhas administrativas” e o “descaso com que a população do mu­nicípio vem sendo tratada”.

Outras lideranças entende­ram que os vereadores oposi­cionistas desgarrados tinham sofrido as consequências do que “estava verdadeiramente acontecendo em Timbaúba”. “A resposta dessa percep­ção aconteceu já na eleição passada, quando Marinaldo Rosendo não conseguiu para si a votação de deputado fe­deral que repassara para Ana Arraes, em 2010”, diz a opo­sição.

“Daí em diante, foi só aperto, mais descaso e acúmulos de ações administrativas que não deixaram a máquina pública funcionar em favor do povo”, relata a fonte. O advento da crise política nacional agra­vou ainda mais a situação. Vieram os cortes de repasses federais e, com isso, “o mu­nicípio praticamente parou”. O setor de Educação, que era a “menina dos olhos” do ex­-prefeito, “entrou em colap­so”.

Líderes da oposição con­tam que a Prefeitura cortou o transporte escolar para os universitários, chegando a co­brar uma taxa de R$ 100,00 (cem reais) para quem qui­sesse usufruir do transporte. “O apoio à saúde foi resumi­do ao extremo e, para piorar, veio a proliferação de novas doenças virais causadas pelo Aedes aegypti. Para comple­tar, desde o mês de setembro do ano passado, a atual gestão não conseguiu mais colocar os salários dos servidores em dia. O caos se estabeleceu ao ponto do Ministério Público vetar investimentos para a realização de uma das mais tradicionais festas do municí­pio, o Carnaval”.

Esses fatos, no entender dos vereadores, deu fôlego ao discurso de Ulisses, Tiba e Jacinto. “Nesse período, ou­tros vereadores e lideranças locais engrossaram as filei­ras da oposição ao descaso, como é chamado o novo grupo político que está se formando no município”. O vereador Zé da Rua, Ju­randir do Calçamento e o atual presidente da Câma­ra, Josinaldo Barbosa, além dos ex-vereadores Givanildo Muniz e Gedson Marcos es­tão nessa frente, entre mui­tos outros que aderiram ao grupo.

O vereador Ulisses Felinto aparece como o pré-can­didato natural a prefeito de Timbaúba nas eleições deste ano. Ele é o nome de consenso do grupo, goza de uma grande simpatia das ca­madas populares e adquiriu “o respeito da sociedade, como um todo, por conta de suas atitudes e posições”.

No ano passado, ele filiou-se ao PSDB do deputado An­tônio Moraes, que faz a in­termediação do grupo com o ex-prefeito Bartolomeu Ferreira Lima. Também no ano passado, Ulisses assinou uma parceria com Flávio Moura, genro do ex-prefeito Gilson Muniz, para tornar público, através da Rádio Princesa 1000, “os descasos da atual gestão e apresentar à população as propostas da nova frente política do município”. Recentemente, Ulisses realizou o tradicional bloco carnavalesco “‘Impe­rial na Folia” e arrastou cerca de 10 mil foliões, que se vesti­ram de azul para demonstrar o seu apoio ao mesmo.

(Com Jorge Daniel Oliveira)

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