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Hemobrás: hospitais de PE recebem cola de fibrina

O secretário estadual de Saúde, Antonio Carlos Figueira, participou, na manhã desta segunda-feira (22/10), da solenidade que deu início a distribuição de cola de fibrina produzida pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) a quatro hospitais públicos pernambucanos. Trata-se de um selante biológico preparado com plasma humano, que tem o poder de reduzir ou deter hemorragias em cirurgias cardiovasculares, hepáticas, ortopédicas e neuorocirúrgicas. O produto é feito no laboratório da estatal instalado na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), onde ocorreu o lançamento. Antes, toda fibrina consumida no País era importada.

Segundo o secretário Antonio Carlos Figueira, Pernambuco nunca perdeu a hegemonia científica do Norte e Nordeste, e esse foi um dos fatores para a instalação da Hemobrás no Estado, que tem o setor de hemoterapia desenvolvido há mais de 30 anos pelo Hemope. O presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho, confirma a fala do secretário, acrescentando que a produção de fibrina em Pernambuco é o primeiro passo de uma autonomia brasileira no setor de hemoderivados.

Em um ano, serão distribuídos 3,4 litros de cola de fibrina para quatro hospitais, suficiente para 680 cirurgias, pois o consumo médio é de 5 ml por procedimento. Cada mililitro custa R$ 1 mil, totalizando R$ 3,4 milhões de investimentos em um ano. As unidades beneficiadas são: Hospital da Restauração (1 litro – para neuorcirurgias), Hospital Universitário Oswaldo Cruz (800 ml – para cirurgias hepáticas e transplante de fígado), Procape (800 ml – para cirurgias cardiovasculares) e Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) (800 ml – para cirurgias de cabeça e pescoço).

A perspectiva é, em breve, distribuir o selante, que não possui contraindicação ou risco de rejeição, para outros hospitais pernambucanos e brasileiros. No Brasil, atualmente são utilizados não mais do que cinco litros de cola de fibrina por ano, basicamente pela rede privada.

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