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Jovem de 25 anos sofre com tumor raro no rosto do tamanho da cabeça e espera cirurgia para retomar rotina

Um problema genético virou um obstáculo na vida da diarista Thais Francisca dos Santos, de 25 anos. Apesar de frequentar hospitais e fazer consultas por cerca de 20 anos, um tumor em sua cabeça tomou proporções grandes e impede a jovem de trabalhar e cuidar dos três filhos. À espera de uma cirurgia, a paciente também aguarda que o procedimento médico traga de volta a sua rotina.

e acordo com o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), unidade de saúde localizada no Recife, em que Thais tem recebido assistência médica, o tumor é um neurofibroma e, nesta proporção, é tratado como um caso raro. Apesar do crescimento rápido, o tumor não afeta outros órgãos do corpo, no caso da paciente.

Morando em uma casa nos fundos de uma igreja no bairro de João Paulo II, em Camaragibe, na Região Metropolitana, Thais descobriu o tumor aos 5 anos e passou por vários hospitais durante a infância, mas sem ser submetida a procedimentos cirúrgicos. Aos 18, ela voltou a procurar ajuda médica, já que o problema se agravou ao longo dos anos.

Em 2019, fez uma cirurgia para retirada do material que se acumulou ao lado de seu rosto, causando dores na cabeça, dentes e coluna. Mesmo depois do procedimento, o tumor continuou a crescer.

“O médico disse que tinha tirado tudo, mas alguns meses depois, eu senti uma bolinha na cabeça, só que nunca comentei com ele. Não fui mais, porque eles ficaram adiando outra cirurgia”, disse a paciente.

Mãe de três filhos, de 9, 7 e 2 anos, Thais recebe Bolsa-Família e aguarda, desde dezembro, uma perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para ganhar o Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Eu já dei entrada, mas o INSS precisa me autorizar para receber”, disse.

Por enquanto, as doações de vizinhos, amigos e pessoas que conheceram a história da diarista por meio da mídia e das redes sociais têm ajudado a bancar os custos da família, já que a irmã, Isabela, não trabalha para dar assistência a Thais.

“Eu moro no Espírito Santo, mas deixei lá meu marido e meu filho e vim para cá assim que soube que ela estava precisando. Se fosse eu que estivesse nessa condição, tenho certeza de que ela faria a mesma coisa. Não posso deixar ela na mão, é a minha irmã”, afirmou Isabela.

Durante a visita  à casa de Thais, quatro pessoas foram ao local para entregar doações. “Eu vim de Goiana (Grande Recife) depois de conhecer a história dela. Vi que ela estava precisando de uma televisão, porque a dela tinha queimado, e trouxe uma nova. Deus vai ajudar”, disse o aposentado Ivanildo Santos, ao procurar a família para doar um televisor.

Nesta quinta (16), Thais segue para uma consulta no Imip para mostrar os resultados de uma biópsia feita em dezembro pelo cirurgião de cabeça e pescoço que acompanha o caso.

Por meio de nota, a unidade de saúde informou que a equipe que acompanha o caso estuda uma melhor data para uma cirurgia de redução do tumor.

*G1PE

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