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Livro narra vida de um grande homem

O jornalista e advogado Elias Roma Filho, em uma contribuição inestimável para a historiografia pernambucana, traz à luz histórias do jurista “Luís Pinto Ferreira – O Último da Geração de Catedráticos”. Ele, que completaria 100 anos no dia sete de outubro de 2018, é considerado um grande pensador, constitucionalista (tinha um projeto de uma Constituição pernambucana), advogado, sociólogo, filósofo, escritor e educador, e acima de tudo humanista.

Roma teceu uma cuidadosa pesquisa com riqueza de detalhes desde a infância do mestre, revelando toda a sua brilhante trajetória de vida através de capítulos breves e de agradável leitura, inclusive com depoimentos de personalidades pernambucanas do mundo jurídico e literário. A frase “Ao mestre com carinho” cabe perfeitamente neste livro, pois Elias Roma teve o privilégio de ser aluno do professor Pinto Ferreira, na faculdade de Direito do Recife. Considerado uma lenda nos meios acadêmicos do Brasil, ele foi aluno e diretor da citada instituição. Era dono de uma vasta cultura jurídica. Recebeu, entre outros títulos, o de Doutor Honoris Causa, concedido pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. É imortal na galeria dos filósofos e tratadista do Direito brasileiro.

Na faculdade de Direito do Recife, desempenhou um importante papel, a ponto do poeta Carlos Pena Filho chamá-lo de “renovador espiritual da Faculdade de Direito do Recife”. Diversos professores e acadêmicos da Europa o consagraram como um dos mais qualificados mestres do mundo. Este livro é também uma narrativa primorosa sobre a multiplicidade de atividades desenvolvidas pelo ilustre jurista.

Como escritor, Ferreira deixou valiosa contribuição à Sociologia, à Ciência Política, à Filosofia e, especialmente à Ciência do Direito. Sua vasta obra consta de mais de duzentos livros e centenas de artigos e ensaios publicados em vários periódicos do Brasil e do mundo. O livro ainda nos brinda com suas agradáveis memórias, onde ele fala de um belo e bucólico Recife antigo: “O Capibaribe é um rio manso e tranquilo, chamado de papa-estrelas, pelo reflexo faiscante de suas luzes, serpenteando em curvas graciosas e no lampejo de suas águas dolentes, debaixo de sóis de ouro e luares de prata, dividindo a cidade, ligada por pontes”. O nobre homem falava diversos idiomas. Faleceu em sete (mesmo dia do nascimento) de abril de 2009.

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