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MARÇO: COLUNA EMBAIXADA CARPINENSE

Repassando nossa história

Texto: Mauro Barros

Lendo as histórias e contos de nossa embaixatriz Miriam Rangel narradas dentro do fórum da Embaixada Carpinense, veio-me o alento de lembranças passadas de quando nossa cidade hoje gigante pelo progresso, antes foi uma pequenina cidadezinha do interior onde o provinciano e a simplicidade vivam entrelaçadas naquela época bucólica.

É de suma importância, lembrarmos de quanto nossa cidade evoluiu com o Up Grade do Colégio Santa Cruz (Doroteias) que possuía já o magistério para moças e evoluiu com abertura do curso ginasial para o mesmo sexo (feminino), como também do Colégio Pio X – dantes Instituto Nossa Senhora de Lourdes – projetou-se com seu curso Técnico de Contabilidade, ressaltamos que o mesmo foi um colégio misto, ou seja masculino e feminino, e onde deu projeção e opções maior a juventude carpinense. Após a inauguração do Ginásio Salesiano Padre Rinaldi (masculino) em meados de 1957. Dentre os três o que mais contribui com a acessão dos estudantes foi o Colégio Pio X, pelo seu padrão mais econômico de suas mensalidades. Os Colégios Salesiano e Santa Cruz possuíam uma maior estrutura por pertencerem a grandes congregações. Foi uma “beau temps”, pois ressurgiu a evolução educacional da cidade e onde seus filhos possuíam a oportunidade de permanecer, estudar e evoluir em seu torrão natal. 

Bem… depois dessa breve narrativa acima, gostaria de expor as dificuldades educacionais dos jovens carpinenses, antes das chegadas desse trio de ferro, o qual nos proporcionou um aprimorado Polo Educacional na região da Mata Norte.

Tenho poucas lembranças desses tempos passados, porem as historietas contadas por nossa Embaixatriz, nos traz a pura realidade daqueles tempos idos.

É fato que os jovens pertencentes as gerações passadas entre as décadas de 30/50 do século passado, para um estudo, mas elevado, tinham que imigrar para as cidades vizinhas como (Limoeiro – Nazaré da Mata; Recife entre outras). Claro que isso exigiam um suporte financeiro elevados para os pais. Então no resumo, só seguiam nessa trilha de estudos os filhos de famílias que possuíam certas condições financeiras. Os referidos residiam praticamente em outras plagas e só frequentavam as residências de seus pais nas férias escolares. Claro que naqueles tempos as condições de locomoções eram dificultosas, diferente das atuais, que de Carpina/Recife e vice versa em quarenta minutos resolvemos, graças a BR408 e os contemporâneos meios de locomoção. Na verdade, tivemos um agravamento e percas desse pessoal que ao serem acostumados em outras plagas, e de quando formandos ou mesmo com estudos maiores, a tendencia eram permanecerem naqueles lugares onde criaram raízes. Poucos regressavam a terra natal para dar continuidade os seus aprendizados. Dentre esses, tenho imensa satisfação de falar, foi o caso do Dr. Marcelo Batista Ramos, que formado em odontologia, voltou para sua cidade e formou sua vida particular e profissional – abriu consultório, ele acreditou em sua cidade natal -, outros até voltaram apenas para dar continuidade aos ramos da família (agronegócios/comercio … etc.)  

Agora, e aqueles jovens os cujos pais não possuíam condições financeira para investir na educação de seus filhos? Carpina naquele momento era uma cidadezinha fraca e sem perspectivas. Praticamente não existia trabalho, os meios eram labutar no comercio, ser pião de fazenda/sítios ou virar “maloqueiro”.

Veio então a grande esperança. Aqueles colégios deram uma visão promissora as pais daqueles jovens, que poderiam trabalhar e estudar e outros apenas estudar.

Quem mais contribui com isso foi o Colégio Pio X, com a visão pioneira de seu Diretor/fundador Professor Manoel Rezende e sua consorte Dona Lourdes Resende, premiaram aqueles jovens com uma realidade promissora, o curso Técnico de Contabilidade, formando uma geração esperançosa de oportunidade de trabalho. Surgiram muitos técnicos e técnicas que se expandiram no horizonte. É bem verdade que a contribuição dos Colégios Salesiano e Santa Cruz, trouxeram muita prosperidade para a cidade, pois buscaram progresso para a cidade. Jovens de cidades circunvizinhas, tiveram a oportunidade também de usufruir daqueles ensinamentos.  Enfim, como falei antes Carpina, tornou-se um grande Polo Educacional na região.

E então graças a esse trio educacional, Carpina forjou jovens de talentos como doutores – médicos; advogados; engenheiros -, poetas, empreendedores, executivos, não só para a cidade mais também para outras plagas. Só temos a agradecer a esses homens e mulheres que fizeram Carpina GRANDE!        

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