Destaques Economia Últimas Notícias

Mata Norte elege dois representantes como Patrimônios Vivos

O Estado tem seis novos Patrimônios Vivos, eleitos por meio do 13º Concurso do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco. Mestre Zé de Bibi (cavalo-marinho) de Glória do Goitá, Cavalo-Marinho Estrela de Ouro de Condado, Cristina Andrade (ciranda, pastoril e urso), Gonzaga de Garanhuns (reisado), Banda Musical Saboeira (banda filarmônica) e Casa de Xambá (organização religiosa) foram escolhidos pelos integrantes do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco (CEPPC).  Os concorrentes ao título defenderam suas candidaturas em apresentações no Museu Palácio Joaquim Nabuco, entre os dias 9 e 13 de julho.

“A eleição dos seis novos Patrimônios Vivos foi muito difícil, uma vez que todos os 59 candidatos inscritos tinham condições e merecem o reconhecimento de Patrimônio Vivo do Estado, mas precisávamos preservar algumas tradições que ainda não haviam sido reconhecidas”, considerou a presidente do CEPPC e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Márcia Souto. A titulação será entregue no dia 17 de agosto, quando é comemorado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, e o evento fará parte da 11ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco.

Com os novos eleitos, Pernambuco tem agora 57 Patrimônios Vivos, um título criado pela Lei Estadual n° 12.196/2002, com o objetivo de incentivar a produção e preservar aspectos da cultura tradicional ou popular. “O fato de termos escolhido um cavalo-marinho, um mestre de reisado, uma banda filarmônica como a Saboeira, que é uma das mais antigas em atuação no Estado, e um terreiro tão expressivo como o Xambá, mostra nossa intenção em salvaguardar e transmitir os saberes e expressões da cultura de nosso Estado, que é tão rico culturalmente”, comentou Márcia Souto.

Ao receberem o título, os Patrimônios Vivos de Pernambuco ganham direito a uma bolsa vitalícia mensal no valor de R$ 1,6 mil (pessoa física) ou de R$ 3,2 mil (grupos), recebem prioridade na análise de projetos apresentados ao Sistema Estadual de Incentivo à Cultura (SIC) e são convidados a transmitir conhecimentos em atividades e eventos promovidos pelo Poder Público. Só podem concorrer pessoas ou grupos com mais de 20 anos de trabalho comprovado na promoção de atividades tradicionais ou populares da cultura estadual.

Mestre Zé de Bibi

Com mais de 50 anos de atividade artística, o mestre é um dos representantes do cavalo-marinho e do mamulengo. José Evangelista de Carvalho mantém o Sítio Histórico e Museu do Cavalo-Marinho em Glória do Goitá, na Zona da Mata de Pernambuco, e foi vencedor do Prêmio Culturas Populares, do Ministério da Cultura em 2007

Cavalo-Marinho Estrela de Ouro de Condado

O grupo foi fundado em julho de 1979 nesse município da Zona da Mata e tem como sede o Centro Àgora de Tradição e Criação, espaço utilizado também como escola de tradição popular. O mestre Biu Alexandre participa do grupo desde a infância e herdou a brincadeira de seu pai, o mestre Pedro de Quina, que também atuou no Cavalo-Marinho Estrela de Ouro de Condado.

*Fotos: Jan Ribeiro/Divulgação/ G1PE

Deixe um comentário