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Mulher com suspeita de raiva humana foi mordida na mão por gato de rua

A pernambucana internada com suspeita de raiva humana no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) foi mordida no dedo da mão por um gato de rua. Adriana Vicente da Silva, de 35 anos, deu entrada no Huoc, no bairro de Santo Amaro, no Recife, no último fim de semana. Foram realizados exames para confirmar a infecção, que possui taxa de mortalidade de praticamente 100%. O quadro dela é considerado gravíssimo. A mulher está no isolamento do Departamento de Infectologia da unidade de saúde.

O Hospital Oswaldo Cruz confirmou a chegada da paciente com sinais de raiva humana. A mulher deu entrada na unidade de saúde em avançado estágio de infecção. Foram realizados exames para confirmar a infecção, que possui taxa de mortalidade de praticamente 100%.

Por meio de nota, o Huoc informou que os exames necessários para o diagnóstico foram enviados ao LACEN e estão a caminho de São Paulo, onde serão realizados. Não há data específica para os resultados chegarem. “A paciente chegou ao nosso serviço em no dia 26 de junho já em estado muito grave e assim permanece, com alto risco de morte”, informou o comunicado.

O pernambucano Marciano Menezes da Silva, de 24 anos, que é morador de Floresta, no Sertão de Pernambuco, foi o primeiro brasileiro e o terceiro no mundo a ser curado da raiva humana. O jovem foi contaminado em 2008, quando tinha apenas 16 anos e foi mordido por um morcego hematófago contaminado.

Marciano ficou internado na unidade de saúde entre outubro de 2008 e setembro de 2009 e o caso tornou-se referência internacional para o tratamento da doença. Durante o internamento, ele foi submetido a diversos procedimentos, a maior parte com sabe no Protocolo de Milwaukee, criado pelo norte­americano Rodney Willoughby, que, em 2004, conseguiu tratar uma paciente com raiva com sucesso.

Sequelas
Apesar da cura, Marciano ficou com sequelas. Ele tem dificuldade para andar, falar, além de crises convulsivas. Desde o caso dele o Oswaldo Cruz não recebia paciente com suspeita da doença.

*FolhaPE

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