Últimas Notícias

Mulheres devem optar por cursos profissionalizantes em áreas que estão crescendo

Sempre é preciso incentivar e informar a população que há cursos profissionalizantes gratuitos, disse o secretário nacional para Superação da Extrema Pobreza, Tiago Falcão, durante o lançamento, nesta segunda-feira (12), no Palácio do Planalto, da campanha dirigida ao público feminino para divulgação dos cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Brasil Sem Miséria.

Mulheres que Inovam – campanha de qualificação pelo Pronatec Brasil Sem Miséria é uma parceria entre os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM). O objetivo da campanha é motivar o público feminino a buscar cursos de capacitação e qualificação profissional em setores que estão crescendo, como construção civil, indústria e informática.

Um vídeo institucional voltado às mulheres que buscam qualificação profissional e novas oportunidades de trabalho, em áreas tradicionalmente ocupadas pelo sexo masculino, será veiculado inicialmente pela TV Globo e pelos demais canais que tiverem interesse na campanha. O filme é estrelado pela atriz Tânia Tôko, que interpretou uma “marida” na telenovela Fina Estampa, da TV Globo, fazendo serviços como encanadora e eletricista, entre outras tarefas consideradas masculinas.

Segundo o secretário Tiago Falcão, que representou a ministra Tereza Campello na cerimônia, o fato de quase 70% das vagas nos cursos do Pronatec Brasil Sem Miséria serem ocupadas por mulheres surpreendeu a todos. “Os estudos feitos anteriormente sobre qualificação profissional mostravam que havia desinteresse da população feminina em relação aos cursos de capacitação.”

Com o Pronatec Brasil Sem Miséria, acrescentou o secretário, isso mudou. “O que a gente percebe é uma grande participação qualitativa das mulheres. Elas não só se inscrevem como concluem os cursos e procuram, dentro do processo de intermediação, se inserir produtivamente.”

A beneficiária do Bolsa Família Ana Paula Rodrigues Moreira, de Aparecida de Goiânia (GO), separada e mãe de três filhos, é prova dessa estatística. Ela se formou recentemente em manutenção de máquinas industriais pelo Pronatec Brasil Sem Miséria. A mulher já trabalha na área de produção em uma empresa e espera a seleção na área em que se especializou – eletromecânica.Ana Paula trabalha à noite e à tarde segue fazendo curso pelo Pronatec de torneiro mecânico. “Fui atrás de um sonho, e o Pronatec me deu a oportunidade. Quando comecei, enfrentei obstáculos e preconceitos, mas graças a Deus venci e hoje estou fazendo curso de torneiro mecânico.”

Ministra Eleonora Menicucci quer ampliar presença das mulheres no mercado de trabalho Mercado de trabalho – A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, disse que as mulheres estão presentes no mercado de trabalho, mas ainda falta muito. De acordo com ela, essa parceria com o MDS é um passo muito grande no rompimento do preconceito, tanto do lado dos empregadores, quanto no dos trabalhadores homens, para que aceitarem mulheres nessas profissões. “Muitas mulheres não entram pra construção civil, por exemplo, porque o mundo do setor é masculino.”

O Pronatec Brasil Sem Miséria coordena a oferta de vagas de qualificação profissional para população em situação de extrema pobreza. São cursos de formação inicial e continuada, voltados à inserção no mercado de trabalho. As mulheres representam cerca de 70% do grupo que frequenta os cursos do Pronatec Brasil Sem Miséria.

Atualmente, 238 mil pessoas estão inscritas nos mais de 190 cursos oferecidos pelo Pronatec Brasil Sem Miséria em 877 municípios de todo o país. Auxiliar administrativo, operador de computador, eletricista instalador predial de baixa tensão, recepcionista e costureiro estão entre os cursos mais procurados pelo público do Pronatec.

Serviço

Mais informações sobre os cursos do Pronatec Brasil Sem Miséria podem ser obtidas nas unidades do Cras, nas secretarias municipais de Assistência Social e nas prefeituras.

Deixe um comentário