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Obra de construção de presídio em Itaquintinga está parada e causando prejuízos

Foto: Guga Matos/JC Imagem

A primeira parceria público-privada do sistema prisional do Brasil empacou. O Centro de Integrado de Ressocialização de Itaquitinga, aqui na Zona da Mata Norte do Estado, que deveria ser entregue no próximo mês, está sem data para começar a operar. A empresa baiana Advance Construções e Participações, que obteve concessão do governo de Pernambuco para construir e administrar o presídio, enfrenta problemas de fluxo de caixa e depende da negociação de um empréstimo para retomar a obra.

A construção do empreendimento de R$ 350 milhões vai ajudar Pernambuco a se redimir do título de pior sistema carcerário do Brasil conferido em 2011 pelo Conselho Nacional de Justiça, além de reforçar a vocação turística de Itamaracá, com a desativação de unidades prisionais do município.

Localizada no meio do canavial, a construção só tem sua rotina pacata quebrada por fornecedores em busca de informações sobre pagamento ou tentando negociar a retirada de equipamentos de dentro do canteiro. Do lado de fora é possível ver restos de material de construção, muito entulho e cercas quebradas.

O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Pernambuco informa que os operários começaram a ser mandados para casa desde junho. Eles não foram demitidos, estão aguardando a retomada da obra e o pagamento da folha de agosto que está em aberto.

A dívida trabalhista é a menor na lista de credores da Advance. Alguns fornecedores falam em débitos na casa dos milhões.

A Advance venceu concessão para administrar o Centro de Integrado de Ressocialização de Itaquitinga, por um período de 33 anos e vai receber um repasse anual de R$ 114 milhões do governo do Estado. O presídio terá capacidade para abrigar 3.126 detentos. O valor inicial da obra era de R$ 287,3 milhões, com as correções ficou em R$ 350 milhões.

*Com informações do JC Online

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