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OMS quer banir mercúrio do setor de saúde até 2020

Apesar de estar presente em equipamentos e dispositivos hospitalares, como termômetros e esfigmomanômetros, já sabe-se que o mercúrio pode causar alguns problemas de saúde na população e contaminar o meio ambiente.  Até 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) espera banir esse elemento das unidades hospitalares, incentivando a substituição dos aparelhos por outros digitais, por exemplo. Para tratar do assunto, o Hospital Barão de Lucena sediou na última quinta-feira (11), o I Seminário do Norte Nordeste de Saúde sem mercúrio. O evento foi promovido pelo projeto Hospitais Saudáveis.

Segundo o farmacêutico e professor de toxicologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), José Antônio Menezes, há várias formas de mercúrio, sendo as bolinhas metálicas dos termômetros as mais conhecidas do grande público. Quando no ambiente externo, o elemento evapora e, inalado por humanos, pode provocar problemas neurológicos, retardamento grave, irritabilidade. “Quando o consumo do mercúrio é na forma de sais, pode causar insuficiência renal”, informa Menezes. Já no meio ambiente, o mercúrio pode poluir a água e ser ingerido pelos animais aquáticos. “O consumo de peixe contaminado por gestantes pode causar graves problemas ao feto”, exemplifica o professor. Ele ainda lembrou da doença de minamata, assim conhecida por causa de acidente com mercúrio na cidade de Minamata, no Japão, causando distúrbios sensoriais nas mãos e pés, danos à visão e audição, entre outros, na população do local.

AÇÃO – Presidente do conselho do Projeto Hospitais Saudáveis, Vital Riberiro afirma que o uso do mercúrio no âmbito da saúde é uma preocupação mundial, focada na proteção ao meio ambiente, ao trabalhador e à saúde pública. Ele também ressalta que essa é uma porta de entrada para discutir outras substâncias farmacêuticas que também precisam ser discutidas.

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