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Operação da PF prende ex-prefeito de Lagoa do Carro

A Polícia Federal em Pernambuco e a Controladoria-Geral da União, deflagraram na manhã desta quinta-feira (21) uma operação para desarticular um esquema de corrupção na Prefeitura de Lagoa do Carro, Zona da Mata de Pernambuco. A operação Mata Norte, como foi batizada envolve políticos, empresários e empresas fornecedoras de merenda escolar.

Desde às 6h, cerca de 85 policiais federais e 10 servidores da CGU União estão dando cumprimento a nove mandados de prisão temporária em Lagoa do Carro, Carpina, no Recife, nos bairros de Boa Viagem, Fundão, Torrões, Areias e Santo Antonio. Entre os presos estão o ex-prefeito de Lagoa do Carro, Severino Jerônimo da Silva, mais conhecido como Jaílson do Armazém e ainda donos de uma empresa no ramos de alimentos, um secretário, um advogado e pessoas utilizadas como “laranja”.                                        .

A ação espera ainda cumprir cinco conduções coercitivas em Jaboatão, Rosarinho, Nazaré da Mata, Carpina e Aflitos e 18 mandados de busca e apreensão em Lagoa do Carro, Carpina, Boa Viagem, Fundão, Torrões, Areias, Santo Antonio, Jaboatão, Rosarinho, Nazaré da Mata, Aflitos, Cabo e Paulista.
Os presos estão sendo conduzidos para a sede da Polícia Federal , no Recife, onde serão responsabilizados e indiciados pelos crimes mediante seu grau de envolvimento e participação. Entre as irregularidades estão os crimes de desvio de recursos públicos; fraude em licitação e associação criminosa.

As investigações tiveram início em julho de 2017 a partir de um relatório de Auditoria da Controladoria-Geral da União apontando uma suposta prática decorrente de contratação fraudulenta de empresas para fornecimento de merenda escolar no município de Lagoa do Carro nos anos de 2013 a 2016. Ficou constatado o desvio de recursos públicos federais decorrentes do Programa de Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica (PNAE), por meio de sobrepreço e superfaturamento nos valores das licitações para obtenção de vantagem ilícita em detrimento da alimentação dos alunos. O crime causou um prejuízo aos cofres públicos estimado na cifra de R$ 512 mil.

De acordo com a PF, as empresas investigadas atuam em outros municípios pernambucanos e também são fornecedoras de órgãos estaduais. De acordo com dados do sistema “Tome Conta” mantido pelo TCE/PE, o montante de recursos públicos empenhados por entes municipais e estaduais investigadas entre 2012 e 2017 representa mais de 87 milhões de reais.

As investigações apontaram que processos licitatórios eram montados, dando aparência de legalidade e de competitividade entre as empresas, que se revezavam na contratação com a Prefeitura de Lagoa do Carro, contando ainda com a cobertura de políticos, sócios de empresas, empresários, advogado, servidores públicos, pregoeiros e assessores jurídicos.

*Diário de Pernambuco 

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