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Oposição e Governo debatem ameaça de greve de policiais e bombeiros militares

A possibilidade de que policiais e bombeiros militares de Pernambuco entrem em greve a partir desta quarta (27), a depender da resposta do Governo do Estado à pauta de reivindicações da categoria, preocupa os parlamentares pernambucanos. Os líderes da Oposição, Sílvio Costa Filho (PRB), e do Governo, Waldemar Borges (PSB), bem como os deputados que representam o setor da segurança pública,  Joel da Harpa(PTN) e Antônio Moraes (PSDB), discutiram o tema no Plenário, nesta segunda (25).

Costa Filho trouxe o assunto ainda no Pequeno Expediente, lembrando que, no último dia 13, participou da reunião entre as associações militares e representantes do Poder Executivo. “Há dois anos não há nenhum aumento para a categoria”, observou. Para o líder oposicionista, apesar das dificuldades financeiras e fiscais, o Estado precisa apresentar uma agenda para valorizar da corporação e reestruturar o programa Pacto Pela Vida. “Em três anos, a violência cresceu 25% no Recife. É urgente que o governador tome providências”, acrescentou.

Na sequência, Joel da Harpa comentou uma entrevista concedida pelo secretário estadual de Administração, Milton Coelho, a uma rádio local no dia 22 de abril. “Ele disse que os militares pedem reposição salarial mais um aumento de 25%, o que não é verdade. Pedimos apenas a reposição de 18,53%, podendo chegar a 25%. Também tentou colocar uma categoria contra a outra, afirmando que, se desse reajuste aos militares, não poderia pagar a professores e médicos”, relatou. “Isso colocou lenha na fogueira. E agora, grande parte da tropa só fala em greve dentro dos quartéis.”

O cenário econômico brasileiro foi o argumento utilizado pelo líder do Governo para justificar as dificuldades do Estado na negociação com a categoria. “Apesar de tudo, temos atravessado a crise de maneira diferenciada, com danos menores e atraindo novos investimentos”, avaliou Waldemar Borges. Ele afirmou que pontos da pauta, como a revisão do Código Disciplinar dos Militares do Estado, terão apoio do Governo e ressaltou a recuperação salarial experimentada pela categoria na última década. “A questão salarial não depende da vontade do governante, porque temos uma realidade a ser contornada. Na quarta-feira, que é o prazo, faremos contato”, assegurou.

Em aparte, Antônio Moraes ressaltou o temor de uma greve em um contexto nacional de aumento do desemprego. “Uma reposição que pode chegar a 25% é muito para um contingente de quase 40 mil homens”, comentou. O tucano lembrou a onda de assaltos na última greve da polícia militar. “Se houver greve num momento como o atual, em que as pessoas estão passando necessidades, o agravamento será maior. A população pede prudência”, salientou.

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