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Pitú retoma exportações de cachaça para a China

O mercado chinês entrou no radar do Engarrafamento Pitú. A maior exportadora brasileira de cachaça voltou a vender para o país asiático, dentro do seu plano de abertura de novos mercados. A nova praça vai se juntar aos outros 66 destinos alcançados pela empresa lá fora. No País existe um trabalho iniciado de reconhecimento da denominação de origem da cachaça, como produto tipicamente brasileiro, a exemplo do que já aconteceu nos Estados Unidos, México e Colômbia.

“Os chineses já foram clientes da Pitú. Exportamos para lá por um período de 3 anos (entre 2010 e 2013), mas tivemos problemas com o comprador. Agora estamos voltando dentro do plano de ampliar nossos investimentos em marketing no mercado internacional. O rótulo da garrafa foi escrito em mandarim e estamos bem animados com esse retorno”, diz a Diretora de Produtos e Relações Internacionais da Pitú, Maria das Vitórias Carneiro Cavalcanti.

Com uma população de 1,3 bilhão de habitantes, a China é um mercado cobiçado a explorar por qualquer setor. Hoje, dos 95 milhões de litros de cachaça produzidos pela empresa, 2,1% são destinados ao mercado externo. A companhia exporta direto de Pernambuco para 18 países e tem a bebida distribuída para outros 48 países europeus por meio de um distribuidor alemão. Na Europa, a cachaça é embarcada a granel e engarrafada no continente. Para os demais mercados, o produto segue em garrafas de 750 ml.

“Apesar de estar completando 500 anos em 2016, a cachaça é uma mera desconhecida no mercado internacional. Por isso, nosso trabalho vai além de fazer o pedido e concretizar a venda. Precisamos ensinar o consumidor a beber, explicar as questões históricas e culturais por trás da bebida”, explica Vitória, dizendo que as garrafas são embarcadas com uma espécie de gravata com uma receita para fazer caipirinha.

A empresa dá treinamento sobre a bebida no mercado externo e leva material promocional. A publicidade faz parte do investimento para conquistar o consumidor estrangeiro. Cerca de 10% do valor da carga é de material promocional. Tem kit e até máquina de fazer caipirinha, desenvolvida na Alemanha, que é distribuída com os clientes.

Para otimizar as exportações a partir de Pernambuco, a Pitú aguarda o início de uma nova política de compartilhamento de contêineres no Porto de Suape. Hoje, as empresas precisam fretar um contêiner fechado (com capacidade para 800 caixas) e nem sempre o cliente quer comprar todo esse volume. Com a mudança, mais de uma empresa poderá utilizar o mesmo contêiner.

Do JC Online.

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