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Praça do Jacaré(Praça Joaquim Nabuco) – Mauro Luiz

O Jacaré (Inspirado no texto do livro Pingos de Memórias)

Um anfíbio ou um réptil tanto faz – animal considerado que vive na água e na terra – Bom… Esse animal que estamos falando é o cientificamente chamado de Caiman latirostris, mas na realidade é simplesmente nosso “Jacaré do papo-amarelo”. Em nossa região é comum e existência deles e, por causa disso, existem muitos pejorativos dedicados a ele. Ou seja, alcunhas em pessoas (conheço algumas pessoas com esse apelido), clubes/troças carnavalescas (Em Nazaré da Mata, por exemplo) e até praças (citamos a tradicional Praça do Jacaré em Olinda).
Nossa cidade sempre está na berlinda de nossos comentários, e como não poderia deixar de ser, também tivemos nossa “praça do jacaré”. Sim, a Praça Joaquim Nabuco era conhecida antigamente pelo nome dessa praça (jacaré). As lembranças nos afloram a mente de quando ainda moleque conhecemos “in loco” aquele logradouro apresentando o majestoso e imponente anfíbio (réptil).
Localizado no centro-sul da referida praça um poço e onde esplendidamente surgia uma bela estatueta de um jacaré em cimento armado. Sem sombra de dúvida era uma atração para nossa querida brejeira e deliciosa cidadezinha. Imponente, ficava ele sobre uma grande pedra de granito bem ao centro do referido lago artificial (poço) e na lâmina d’água estavam presentes uma bela flora de flores aquática e, claro, sem faltar as majestosas “vitórias regias”.
Mas… Naqueles idos tempos já existiam “vândalos”. Certa noite em época do ciclo junino e no calar de uma madrugada fria e congelante jovens furtivamente e com sentimentos atrozes, numa peça trágica para os monumentos da nossa querida cidade, puseram fim em nossa tão querida e simpática atração turística. Com um ato vandálico, colocaram uma bomba junina de alto poder destrutivo na boca da pequena mais amada estatueta. Após o estrondo que ecoou por toda praça, a ação devastadora produziu um aspecto de destruição, tornando a mesma em pó. Aniquilou sem dó nem piedade não só o artifício, como também um bem da cidade pela qual era um símbolo que tornar-se-ia no futuro uma peça de grande valor histórico para a cidade.
Claro que houve uma inquirição para o fato, porém não deu em nada. Houve uma omissão por parte dos interessados e como sabemos, tornou-se em Pizza. Mas o fato ficou na memória do povo, sabe-se quem foram os culpados, mas…’Entrou por uma perna de pinto e sair por uma perna de pato’, plagiando do livro Menino de Engenho (José Lins do Rego). Foi-se no tempo!
São coisas que sempre acontecem em nossa querida Terra do Carpinteiro, nossas raízes, nossos símbolos, nossos monumentos, nossos casarios… Enfim, nossa história tem pouca importância para a memória das autoridades.

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