Economia

Prefeitura do Recife vai implantar projeto de energia solar

Do JC Online

A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) vai dar mais um passo para um consumo de energia mais amigo do meio ambiente, investindo R$ 43,2 milhões para implantar um sistema que inclui desde lâmpadas de LED nos postes até um sistema solar que vai gerar a energia a ser consumida em alguns equipamentos municipais. A licitação já foi feita e o vencedor é o conglomerado japonês Kyocera, que tem um braço da sua empresa de energia solar com escritório no Rio de Janeiro.

“O projeto será feito por etapas”, explica o secretário executivo de Sustentabilidade da PCR, Carlos Ribeiro Filho. O primeiro equipamento municipal que deve receber a energia gerada pelo sol é o Jardim Botânico do Recife, no Curado. Depois dele, esse tipo de sistema será implantado em duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e uma Unidade Pronto Atendimento Especializado (UPAE). Inteiro, o projeto prevê a implantação de sistemas desse tipo em várias escolas, creches, praças, parques e mais UPAS. “O projeto inteiro inclui a instalação de 659 pequenos sistemas de geração solar”, conta Carlos.

Segundo ele, cada lugar contemplado terá um sistema diferente. “Em alguns locais, teremos baterias para acumular a energia gerada pelo sol que será usada nos postes com lâmpadas de LED”, argumenta.
A lâmpada de LED dura de quatro a cinco vezes mais do que uma lâmpada convencional usada nos postes. “O projeto se paga durante a vida útil das lâmpadas de LED”, argumenta Carlos. Geralmente, ela dura 12 anos.

As primeiras obras devem começar depois que ocorrer a assinatura do contrato entre a empresa vencedora da licitação e a PCR. “Não temos previsão para a assinatura do contrato e esperamos que isso ocorra o mais rápido possível”, afirma Carlos, acrescentando que essa assinatura segue um trâmite burocrático e não há qualquer empecilho no meio do caminho.

Os recursos a serem empregados na implantação do projeto são da própria PCR. “Ainda não decidimos quais serão as UPAs que vão receber esses sistemas. A implantação dessa iniciativa faz parte de uma política voltada para a sustentabilidade que deseja contribuir para a diminuição de produção dos gases que contribuem para o aquecimento global”, comenta. Uma parte da energia que consumimos vem das térmicas, que são muito poluentes.

Além de ser ambientalmente mais correto, o projeto também vai fazer com que a PCR economize na conta de luz, consumindo menos energia vendida pela Celpe. “Não sei de quanto será essa redução, porque não tenho agora o quanto a Prefeitura paga à Celpe”, afirma.

A unidade da Kyocera Solar do Brasil foi contatada pelo telefone, mas não quis se pronunciar sobre o assunto, alegando que a licitação ainda não foi homologada. Depois que a concorrência for homologada, é realizada a assinatura do contrato entre a PCR e a companhia.

A Kyocera é a empresa mais antiga na geração solar e começou a produzir esse tipo de energia em 1975 no Japão.
Hoje, a empresa é um enorme conglomerado, que atua em áreas tão diversas, como fabricação de impressoras, componentes de cerâmica, semicondutores eletrônicos, equipamentos de telecomunicações, serviços de telecomunicações, sistemas de informática e hotelaria. O grupo está no Brasil desde 1992.

A primeira empresa do grupo Kyocera surgiu em 1949 como uma pequena fábrica localizada no subúrbio de Kyoto, no Centro-Sul do Japão. Ela foi criada por 28 jovens que desejavam ajudar aquele país a se recuperar da segunda guerra mundial. O primeiro produto feito pelo grupo foi um isolador de cerâmica em forma de U (conhecido como Kelcima), utilizado nos primeiros tubos de imagem de televisão.

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