A situação judicial da TelexFree está longe de apresentar resolução. A empresa está com atividades e contas bloqueadas há um ano por suspeita de crime contra a economia popular (pirâmide financeira) e terá mais um condicionante para atrasar o processo. A novidade é que um possível parecer do Ministério Público do Acre estaria indicando que a Justiça daquele estado inclua ao processo os trâmites de suspensão das atividades da telexFree americana. Além disso, a empresa questiona que foi incluída apenas a tradução, sem a original. O detalhe é que, segundo o diretor comercial, Carlos Costas, a tradução foi feita por um peruano e não por um brasileiro com proeficiência em inglês-português.
“São erros gravíssimos. Não façam isso. Isso só vai fazer o processo voltar ao início, vamos ter direito de resposta e só vai demorar mais ainda. Não terá fim”, destaca Costa. “Colocar contra a gente o processo contra a telexFree dos EUA. Logo agora na reta final e somente para acusar, sem qualquer prova. Queremos celeridade e, pelo jeito, o Ministério Público não quer”, complementou.
As críticas do diretor à Justiça do Acre e ao Ministério Público do Acre continuam: “fatos ocorridos no exterior não deveria ser julgado no Brasil, nem por leis brasileiras nem por leis americanas, até porque é só acusação. Não façam isso”, reclama, sugerindo uma reunião para conciliação. “A gente devolve o dinheiro dos divulgadores. Deixa-os fora disso e o processo segue quantos anos quiser. Vamos provar que não é pirâmide”, finaliza.
O Ministério Público do Acre foi procurado e ainda não confirmou a informação do parecer. Já o Tribunal de Justiça destacou que vai conferir o status do processo.