Política

Recomeça hoje julgamento de acusados de matar deputada em AL

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Será retomado a partir das 8h de hoje (18) o julgamento de cinco acusados de matar em Alagoas a médica e deputada federal Ceci Cunha, o marido e mais dois parentes delas em 1998, no caso que ficou conhecido como “chacina da Gruta”. Serão abertos os debates entre acusação e defesa para que, no final, o júri, formado por sete jurados homens, possa tomar sua decisão. Promotoria e defesa terão 3 horas para apresentarem seus argumentos. Depois, será concedida mais 1 hora para réplica e tréplica a ambas as partes.
Interrogamentos- Ontem (17), três réus foram interrogados pelo juiz federal André Luís Maia, presidente do Tribunal do Júri e titular da 1ª Vara Federal de Alagoas. O réu Jadielson Barbosa da Silva foi o primeiro a ser ouvido. Ele negou as declarações prestadas à polícia sobre o caso, alegando que fez as declarações sob tortura. No processo, no entanto, há registros dos laudos do IML de exames de corpo de delito que foram realizados por ele em todos os traslados feitos sob tutela da polícia.
O terceiro a ser interrogado foi o ex-deputado federal Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto, acusado pelo Ministério Público Federal de ser o mandante do crime. Após o encerramento dos interrogatórios, serão abertos os debates entre acusação e defesa para que, no final, o júri, formado por sete jurados homens, possa tomar sua decisão.
Na última segunda-feira (16), o juiz federal ouviu o depoimento de oito testemunhas e foram interrogados dois réus. A primeira pessoa ouvida foi uma sobrevivente do crime, irmã de Ceci Cunha, a psicóloga Claudinete Santos Maranhão, que teve o marido Iran Carlos Maranhão, morto na chacina. Claudinete confirmou declarações anteriores feitas para as polícias Civil e Federal. Um dos acusados teria sido reconhecido pela depoente.
O Caso- Ceci Cunha morreu horas depois de ser diplomada deputada federal pelo PSDB de Alagoas. São réus no processo o ex-deputado federal Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto, Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros Silva. A médica foi assassinada com um tiro na nuca quando estava na casa do cunhado em Maceió, em companhia do marido e da mãe, comemorando a eleição. Os acusados negam o crime, informou a Justiça Federal.

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