Estrutura de atendimento estará localizada a 600 m da Arena Pernambuco
Durante a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, Pernambuco deverá receber cerca de 230 mil turistas, somando-se os visitantes nacionais e os estrangeiros. Para garantir os serviços de promoção, proteção, vigilância e assistência à saúde nesse período do Mundial, o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 em Pernambuco (SECOPA-PE), montou uma estrutura e uma rede de serviços para atender ao público.
Nos dias de jogos na Arena Pernambuco (14, 20, 23, 26 e 29 de junho), funcionará, em parceria com o Exército e o Samu, uma Unidade Avançada de Apoio à Saúde (UAA), estrutura de atendimento localizada a 600 metros da Arena Pernambuco. O equipamento contará com salas de triagem, nebulização e vermelha — área equipada para estabilização das urgências e emergências clínicas e traumáticas —, além de posto de enfermagem e 12 leitos de observação. O espaço realizará atendimentos seis horas antes dos jogos e quatro horas depois de cada partida, com equipe de dois médicos, três enfermeiros e cinco técnicos de enfermagem.
No local, haverá, ainda, três unidades de suporte básico e uma unidade de suporte avançado (que funciona como uma UTI) do Samu 192 e três ambulâncias preparadas para remoção de pacientes em casos de acidentes radiológicos e nucleares. “Todo o atendimento interno para o torcedores da Arena Pernambuco será feito pela FIFA e suas equipes médicas. Mas teremos o atendimento imediato na UAA da Arena. Esperamos ter poucas ocorrências, assim como aconteceu na Copa das Confederações, mas estamos prontos para atender as demandas que ocorrerem na área do estádio”, ressalta o Secretário Executivo de Relações Institucionais da SECOPA-PE, Gilberto Pimentel.
Dentro da Arena, também estarão funcionando sete postos de atendimento, sob responsabilidade da FIFA. “Um médico regulador do Estado ficará dentro da Arena Pernambuco para encaminhar pacientes, caso precisem ser transferidos para um serviço mais especializado. Com esse profissional será possível classificar e fazer a triagem para as unidades de referência adequadas, seja na rede suplementar de saúde ou no SUS”, explica a Secretária Executiva de Assistência à Saúde, Ivette Buril. A Central de Regulação funciona 24h com 109 profissionais reguladores, e Pernambuco já conta com a cobertura do Samu 192 em 100% na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Dentro da UAA, funcionará também o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS) para gestão e monitoramento de informações e eventuais ocorrências dentro da Arena e nas portas de entrada da rede de saúde. Participam do CIOCS equipes de vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental e assistência da SES, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros, Samu 192 e o Exército. A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) também estará na Arena Pernambuco com uma equipe de 15 técnicos, realizando fiscalização nos serviços de saúde e alimentação.
Localizados em unidades de saúde e serviços estratégicos, equipes da vigilância, vinculadas ao CIOCS, estarão monitorando e coletando informações sobre doenças e agravos dos pacientes atendidos — sinais, sintomas e hipóteses diagnósticas. Todos com equipamentos móveis (tablets) conectados ao software Ambiente de Monitoramento de Risco (AMBER). “Toda essa estrutura é para organizar o fluxo de notificação e permitir uma resposta rápida. As equipes irão discutir, diariamente, os indicadores epidemiológicos, sanitários e ambientais que serão coletados”, comenta a diretora geral de Informações e Ações Estratégicas em Vigilância Epidemiológica, Patrícia Ismael. Para o período da Copa do Mundo, a SES também garantirá reforço com o acréscimo de 900 profissionais de saúde nos hospitais e demais serviços da rede de saúde.
Em parceria com o Samu 192 e o Corpo de Bombeiros, a SES elaborou o Plano de Auxílio Mútuo para organizar o socorro e a assistência aos pacientes em casos de acidentes com múltiplas vítimas. Além disso, juntamente com o Exército, foi formulado o Plano de Atendimento às Urgências de Vítimas de Acidentes Químicos, Biológicos, Radiológicos e Nucleares (QBRN). Dessa forma, a rede de assistência está preparada para atender da melhor maneira os turistas e a população pernambucana no caso de eventos dessa natureza.
“Temos a convicção que a experiência da nossa população e dos visitantes com a Copa do Mundo será, exclusivamente, de alegria e encantamento com nosso povo, cultura e belezas naturais. Mas, se for acionada, a rede estadual de Saúde está pronta para atender a demanda, com agilidade e eficiência. Montamos uma estrutura para identificar e responder mais rapidamente a possíveis ocorrências de surtos, acidentes, doenças infecciosas, intoxicação, violências e queimaduras, desde casos com uma ou múltiplas vítimas. Toda a estrutura pública já foi testada e aprovada, nos últimos dois anos, em grandes eventos, como o Carnaval e a Copa das Confederações”, pontua a Secretária Estadual de Saúde, Ana Maria Albuquerque.
Mais de 3,5 mil profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, foram capacitados em cursos de Suporte Básico de Vida; capacitação para o atendimento nas emergências envolvendo agentes QBRN; atendimento à criança em risco, além de cursos para gestores estaduais e municipais em Emergência em Saúde Pública.
strong>Mobilização– Fôlderes bilíngues (português e inglês) serão distribuídos em pontos estratégicos, como aeroportos, centrais de informação de prefeituras, hospitais, hotéis, imediações da arena e também nas blitzes da Lei Seca. O material é compacto para que o torcedor possa levar a cartilha no bolso. O fôlder estará disponível em plataforma online no site da SES (www.saude.pe.gov.br).
Operação Lei Seca – Realizando bloqueios todos os dias da semana, a Operação Lei Seca intensificará a fiscalização nos dias de jogos da Copa do Mundo, ampliando o raio de atuação dos grupos. Pontos de fiscalização serão montados nas principais vias que dão acesso à Arena Pernambuco e em locais variados para acompanhar a ida dos torcedores ao estádio e a volta para casa. No entanto, uma estratégia foi articulada para garantir fluidez do trânsito.
“Vamos manter a fiscalização, mas com um planejamento para não gerar congestionamentos. As blitze serão montadas em vias largas, com ocupação de apenas uma faixa. As barreiras serão colocadas em recuos da pista, para tomar menos espaço e nosso foco serão os locais que servirão como bolsões de estacionamento, como shoppings, imediações do metrô, locais públicos e privados, onde os motoristas deixarão o carro antes e o pegarão após os jogos. Além disso, como a Lei Seca é informatizada e, em média, os condutores fazem os procedimentos (apresentação de documento, teste de alcoolemia), em 5 minutos (quando tudo está regular), não haverá retenção de veículos nas barreiras”, explica o Coordenador Executivo da Operação Lei Seca, Coronel André Cavalcanti.
Nove equipes estarão trabalhando em esquema de rodízio na Região Metropolitana do Recife e no Interior do Estado. As blitze também vão contar com a atuação de mobilizadores sociais, distribuindo fôlderes e cartazes. Nesse trabalho de orientação, a operação contará com duas equipes educativas. Cada uma é composta por quatro pessoas com deficiência, cadeirantes ou muletantes, e dois auxiliares, que ajudam na condução dos deficientes e na entrega do material.
Ouvidoria – Para a busca de informações, a SES disponibiliza o número da Ouvidoria (0800.286.2828) e o endereço eletrônico ouvidoria@saude.pe.gov.br. O canal de comunicação contará com um total de 15 teleatendentes, em regime de plantão, sendo dois profissionais bilíngues (inglês e espanhol), para atendimento ao público, durante os dias de jogos, e funcionamento 24h. Com um sistema informatizado, os profissionais poderão visualizar o perfil adequado das unidades de saúde mais próximas ao cidadão que busca atendimento. Um banco de dados, com mais de 70 doenças catalogadas pelo Ministério da Saúde, fornece aos teleatendentes informações básicas de saúde para orientar os usuários. Com isso, esclarecem sobre sintomas, prevenção, além de indicar serviços de referência. Além de fornecer informações úteis sobre as ações e serviços de saúde da rede estadual, a Ouvidoria registra sugestões, elogios, reclamações e denúncias mencionadas pelo usuário.
Rede – Atualmente, Pernambuco tem uma das maiores redes de hospitais públicos próprios do Brasil. São 57 serviços de atendimento médico sob gestão da Secretaria Estadual de Saúde, incluindo as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e de Atenção Especializada (UPAEs), grandes hospitais, hospitais metropolitanos e regionais. Atualmente, essa rede conta com 1,1 mil leitos de UTI, um número 4 vezes maior que a oferta em 2007, que era de apenas 228 leitos.
