Economia

Saiba como renegociar um financiamento

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Quanto custa sua dívida? Poucas pessoas que hoje têm financiamentos sabem a resposta para esta pergunta. O brasileiro em geral está mais atento ao valor da prestação e se ela cabe no bolso do que ao custo da dívida.

Mas esta é uma informação relevante e que contribuirá para melhorar sua saúde financeira, pois há um movimento de redução do custo dos financiamentos.

Assim, este é um ótimo momento para você reduzir o custo da sua dívida e dessa forma ajustar as prestações para que elas não comprometam mais do que 30% de sua renda.  Muito cuidado para não entrar numa onda de euforia de crédito.

Não se engane, o custo do financiamento caiu, mas ele ainda é muito alto no Brasil e, por isso, é muito importante prestar atenção antes de assinar promissórias. O crédito só é bom se ele melhorar sua qualidade de vida.

Para decidir se trocará de dívida você precisa:

– Conhecer o custo da sua dívida atual;

– Pesquisar se outros bancos oferecem custos menores para o seu perfil de cliente;Casos em que a troca de dívida causará um impacto relevante:

Cartão de crédito – quando você não consegue pagar toda a fatura do cartão entrará no chamado rotativo. Ou seja, a parcela da fatura que você não conseguiu pagar será acrescida de uma taxa de juro e este costuma ser o custo de financiamento mais alto que existe. Por isso, vale a pena contratar um crédito direto ao consumidor (CDC) que é uma linha bem mais em conta e trocar a dívida.

No entanto, mesmo na hora de escolher um cartão de crédito vale a pena pesquisar quais as taxas que eles cobram para o crédito rotativo e optar por aquele que oferece a taxa mais baixa. Hoje, elas podem variar de 10% ou mais para um patamar inferior a 3% ao mês.

Cheque especial – esta é outra linha de financiamento muito cara. Por isso atenção. Os planejadores financeiros dizem que se você já está usando o limite do cheque especial por mais de dois meses é porque chegou a hora de trocar de dívida. Se este é o seu caso, procure um CDC e com estes recursos pague o cheque especial.

Financiamento imobiliário – como em geral são financiamentos de longo prazo mesmo reduções de taxas aparentemente pequenas têm um impacto relevante no custo total do imóvel. Neste caso, o indicado é a portabilidade, ou seja, levar o seu crédito imobiliário para um banco que tenha um custo menor. Dá trabalho, mas vale a pena.

É necessário primeiro escolher o banco para onde você quer levar o crédito e saber se ele aceita sua operação. O banco não é obrigado a aceitar o crédito. No entanto, o banco que tem a operação é obrigado a liberar a transferência para o concorrente se ele aceitar sua operação.

Financiamento de veículos- Vale muito a pena, principalmente para aquelas operações longas e sem entrada que têm custos muito alto, chega em alguns casos a ultrapassar 5% ao mês. Este também é um caso que você usar a portabilidade do crédito para levá-lo para um banco com custos mais baixos pode melhorar muito sua saúde financeira. Quanto maior o prazo da sua dívida atual, maior o benefício para a troca da dívida.

Além do custo do financiamento e do prazo, é importante checar qual a operação que foi contratada. Isso porque em muitos casos trata-se de operações de leasing (arrendamento mercantil) que legalmente não é um financiamento e sim um “aluguel” com opção de compra e por isso tem algumas restrições para quitação antecipada.

 

*Com informações do G1 Economia

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