Política

SDS planeja concurso para delegados e Polícia Científica em Pernambuco

G1 Pernambuco

Em mais uma tentativa de reforçar a segurança do estado, o Governo de Pernambuco vai abrir seleção de delegados e para a Polícia Científica neste ano. Segundo o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, o edital do primeiro concurso será lançado ainda em fevereiro. O policiamento também será ampliado com a nomeação dos aprovados na seleção da Polícia Militar realizada em 2009.

“A previsão é que, no final deste mês ou na primeira semana de fevereiro, seja lançado o edital do concurso para delegados com 100 vagas. Também estamos com um edital em construção para 526 vagas na Polícia Científica, entre médicos legistas, peritos, papiloscopistas e auxiliares”, informou o secretário Alessandro Carvalho,  Segundo ele, só não há previsão de concurso para o Corpo de Bombeiros.

Já para a Polícia Militar, o reforço virá dos aprovados na seleção realizada em 2009. De acordo com o gestor da Secretaria de Defesa Social, os candidatos aprovados iniciarão o curso de formação neste mês e serão nomeados até o Carnaval. “Chamamos para a segunda etapa do concurso os dois mil candidatos aprovados, mas eles têm que passar pelos testes psicotécnicos, médicos e físicos. Depois disso, serão contratados todos aqueles que chegarem ao término da seleção”, explicou.

Durante a entrevista, o secretário ainda comentou como serão acordados os reajustes salariais dos oficiais neste ano. “Todas as categorias terão que passar por negociação e quem centraliza isso é a Secretaria de Administração, mas claro que as secretarias das respectivas áreas vão acompanhar esse processo”, disse Carvalho, afirmando que a negociação vem acontecendo nos últimos quatro anos. Ele ainda lembrou que, em 2014, os policiais militares ganharam reajuste de 14,5% e os civis de 10%.

Prioridade

Segundo Alessandro Carvalho, sua prioridade neste momento é “colocar novamente a estrutura para funcionar”. O secretário explicou que o ano começou com trocas no comando das polícias Militar e Civil. Por isso, as equipes ainda estão se ajustando. “Tivemos troca do comandante-geral da Polícia Militar e do chefe da Polícia Civil. Na PM, por exemplo, tivemos troca em 28 dos 40 comandos. Foi uma mexida grande, porque o novo comandante-geral chegou e quis montar a equipe com seu perfil”, argumentou.

Passado esse processo, os oficiais devem trabalhar para recuperar os índices positivos do Pacto pela Vida. No ano passado, o programa do governo estadual apresentou o primeiro balanço negativo dos seus 7 anos de atuação. Foi uma alta de 9,5% na taxa de homicídios no estado. Para conter esse avanço da violência, Carvalho acredita que é preciso trabalhar em duas frentes diferentes: a criminal, com prevenção e repressão; e a passional, com imediação e antecipação do conflito.

“Temos dois recortes grandes. O criminal, onde o tráfico de drogas está muito forte nesse retrato de homicídios, seja por cobrança de dívida ou disputa de território. E, na Zona da Mata e no Agreste, ainda há uma grande quantidade de crimes por proximidade, como quando uma pessoa se envolve em uma briga de vizinhos e acaba cometendo um homicídio, uma coisa que se arrepende depois”, comentou Carvalho.

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