Saúde

Sertão:MPPE recomenda melhoria no hospital de Mirandiba

Diante do quadro preocupante de deterioração e falta de pessoal em que se encontra a Unidade Mista Ana Alves de Carvalho (UMAAC), único serviço de atendimento hospitalar no município de Mirandiba (Sertão Central), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu recomendação ao prefeito, Bartolomeu Tiburtino, para que tome as medidas necessárias, a fim de que a unidade ganhe condições de servir à população.

A promotora de Justiça Bianca Cunha de Almeida Albuquerque recebeu denúncias sobre o estado precário da UMAAC e requisitou que uma equipe da Gerência Regional de Saúde (VII Geres) inspecionasse o local. Foram constatadas diversas irregularidades, inclusive algumas que chegam a colocar em risco a saúde de pacientes e profissionais.

Entre as falhas encontradas, a sala de urgência e emergência possui lixeiras sem tampa;  os materiais usados para perfurar e cortar, assim como o biológico, são depositados junto com o lixo comum; materiais esterilizados sem data de validade; soluções antissépticas em depósitos abertos; ventilação e iluminação insuficientes; poucos lençóis; água imprópria para o consumo humano; camas enferrujadas; banheiros inaptos ao uso e lixo e entulhos na sala de parto.

A inspeção ainda detectou que o banho dos recém-nascidos é feito na mesma pia em que médicos e enfermeiros lavam as mãos antes do parto. O mais grave é que a UMAAC não tem em sua equipe enfermeiro obstetra, nutricionista, nem médico pediatra e obstetra.

Na sala de assepsia há presença de insetos e ausência de papel toalha e sabão líquido. O prédio também apresenta fios de energia elétrica expostos. Os utensílios de cozinha, como talheres e panelas, são impróprios ao uso, a limpeza é deficiente e inexiste um responsável técnico habilitado para o local. O espaço da farmácia é pequeno e desorganizado, não há controle de distribuição de medicamentos e o profissional habilitado a administrar não trabalha todos os dias.

O MPPE conferiu o prazo de 120 dias para que os gestores públicos tomem as devidas providências como realização de concurso público para contratar os profissionais que faltam; a retirada dos entulhos, organização de armários e de roupa de cama e banho necessários, aquisição de outros materiais inexistentes; reformas no prédio e troca de equipamentos desgastados; uso exclusivo de produtos específicos para a limpeza e desinfecção de instrumentos;  cursos de capacitação para os profissionais da unidade; e outros atos administrativos fundamentais para a realização de um bom atendimento.

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